A Minuto Seguros acabou de realizar um levantamento que mostra relação do aumento de procura do Seguro de Vida em meio à pandemia de coronavírus, que chegou ao País no final do mês de fevereiro.
De acordo com o Ministério da Saúde, o primeiro caso oficial de pessoa infectada por coronavírus no Brasil foi registrado no dia 26 de fevereiro. Em março, houve um aumento de 136% nas vendas do produto quando comparado ao mesmo mês em 2019. No contato para contratar o seguro, muitas pessoas citam a covid-19 como motivo para buscar a proteção, segundo o CEO da Minuto Seguros, Marcelo Blay.
“Desde que começou a se falar mais em coronavírus, principalmente quando a disseminação ficou mais forte na Europa, as pessoas já perguntam sobre a cobertura da covid-19 pelo Seguro de Vida. Quando o surto atingiu o Brasil, as buscas por esse motivo específico aumentaram ainda mais”, afirma Blay.
No mesmo período que a procura de pessoas físicas aumentou, em março, a venda para empresas que querem oferecer o benefício para os seus funcionários também teve elevação acentuada: 250% maior do que no mesmo período no ano passado. Neste caso, o produto é o Seguro de Vida em Grupo, uma modalidade disponível para segurar a partir de três pessoas. Para Blay, esse é um movimento esperado.
“As empresas também mostram preocupação com o coronavírus, pois essa doença pode atingir seus colaboradores e querem protegê-los. Com isso, o aumento da procura pelo Vida em Grupo, a exemplo do individual, também é reflexo dessa nova realidade”, diz o executivo.
Seguradoras mudam condições gerais para cobrirem coronavírus
No dia 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o coronavírus como uma pandemia, que é um risco excluído do Seguro de Vida, o que significa que não haveria cobertura para os segurados no caso da covid-19. No entanto, diante de um cenário diferente de tudo o que se havia visto na história recente, houve uma mudança na prática da maioria das seguradoras, como explica Blay.
“Em tempos de crise como esse, as pessoas precisam de apoio e sentir que elas e suas famílias estão amparadas. O mercado de seguros entende esse momento e é capaz de se adaptar de acordo com o que a situação exige, pois o combate à pandemia requer esforços em conjunto. Possibilitar que o produto preste assistência para quem é acometido pelo coronavírus faz parte disso”, diz o CEO.
“As seguradoras fizeram uma avaliação criteriosa do impacto em seus balanços da cobertura para essa pandemia e chegaram à conclusão que poderiam atender os pedidos de indenização sem comprometer sua solidez financeira e, consequentemente, garantir o atendimento aos demais pedidos de pagamento de sinistro”, complementa Blay.
Coberturas para coronavírus incluem morte e assistência funeral
Com o coronavírus coberto pelo Seguro de Vida, os beneficiários passam a ter direito à indenização por morte em decorrência da covid-19. No caso da assistência funeral, a cobertura inclui limpeza do corpo, preparação para velório e cremação ou enterro de acordo com as recomendações das autoridades de saúde, por conta do risco de contágio da doença.
As coberturas citadas acima são livres de carência para quem já havia contratado o seguro antes da pandemia. Para as pessoas que ainda vão adquirir o produto, o indicado é consultar as condições e planos com o corretor ou com a seguradora, pois a questão de carências aplicáveis pode variar.
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Como trata-se de uma situação nova para todo o mundo, o mercado de seguros também se adapta tanto às novas necessidades das pessoas como também ao aumento da demanda por Seguro de Vida. Segundo Blay, o mercado de seguros reafirma sua importância social ao se adaptar à situação totalmente inusitada, garantindo o pagamento de indenização mesmo em caso de exclusão explícita nas apólices.
“Geralmente menosprezado no Brasil, o seguro é de extrema importância para ajudar as famílias que perderam seu ente querido a ganhar um fôlego financeiro para reconstruir sua trajetória interrompida pelo falecimento” finaliza o executivo.