Ultima atualização 29 de maio

Seguro pode ser a “tábua de salvação” em questões de saúde

Um estudo feito pela Universidade de Oxford, em 2017, revelou que menos de 20% dos brasileiros têm algum tipo de seguro de vida contratado. Em uma lista de 11 nações pesquisadas, a média é de 32%.

Há anos os profissionais do setor de seguros orientam a população brasileira de que os seguros são excelentes ferramentas de educação financeira. No caso das empresas, pode ser um benefício importante a ser oferecido aos colaboradores quando o assunto é saúde.

Um estudo feito pela Universidade de Oxford, em 2017, revelou que menos de 20% dos brasileiros têm algum tipo de seguro de vida contratado. Em uma lista de 11 nações pesquisadas, a média é de 32%. Isso significa que estamos entre os piores colocados se elaborado um ranking sobre o tema e que o mercado de seguros de vida no Brasil ainda tem muito espaço para crescer.

Francisco de Assis Fernandes

Quando falamos em seguro de vida, são inúmeras as modalidades disponíveis no mercado, seja para contratação por pessoa física ou jurídica. Há, inclusive, seguros especializados na cobertura de doenças graves. É claro que ninguém quer ficar doente, porém, é impossível prever e controlar algumas situações. Quem não se desespera diante de um problema de saúde, especialmente quando são problemas mais graves?

O desespero bate à porta e surgem diversas dúvidas. Qual o melhor tratamento? Será que o médico é especialista no assunto? Quais as chances de recuperação? E como fica a família se algo der errado? A tendência é de que os questionamentos só aumentem até que um plano de tratamento seja iniciado.

Quando uma companhia oferece aos seus colaboradores um seguro que prometem garantia financeira àqueles que descobrem, por meio de diagnóstico, doenças como acidente vascular cerebral (AVC), necessidade de angioplastia, câncer, insuficiência coronariana ou infarto agudo do miocárdio, insuficiência renal crônica ou a necessidade de transplante de órgãos vitais, o cenário passa a ser um pouco mais tranquilo para o profissional, que se vê protegido pela empresa da qual faz parte. Nestes casos, os seguros oferecem um fôlego financeiro, que pode ser usado para consultas com especialistas ou tratamentos mais avançados.

Cada vez mais corporações vêm aderindo a essa modalidade de seguro. Segundo a Susep, o prêmio total nos seguros de doenças graves ou terminais, em 2017, foi de R$ 765,8 milhões — um crescimento de 9,66% sobre 2016. De janeiro a agosto, o valor já era de R$ 571,9 milhões, alta de 12,5% sobre o mesmo período.

Os seguros de doenças graves ou terminais representam pouco mais de 2% do mercado total de seguros de pessoas no país. O aumento da expectativa de vida colabora para tal. As pessoas estão vivendo mais e todo mundo está sujeito a uma doença inesperada. Trata-se de uma tendência que veio para ficar e deve se consolidar dentro de mais alguns anos.

Basta fazer uma breve análise do aumento no número de casos de câncer no Brasil e em todo o mundo. Um estudo de setembro da Agência para a Pesquisa do Câncer, ligada à OMS, mostrou que 18,1 milhões de novos casos de câncer foram registrados em 2018 no mundo, com um total de 9,6 milhões de mortes. O órgão aponta que se nenhuma medida for adotada, as incidências vão atingir 29,4 milhões de novos casos em 2040, com mortalidade de 16,3 milhões até lá. Nos países emergentes o aumento de casos de câncer deve ser de 62% até 2040 e um total de 10 milhões de novos diagnósticos da doença. Até 2040, a entidade estima que a doença pode sofrer um aumento de 78,5% no país, um dos maiores saltos entre as principais economias do mundo. Isso significa que 998 mil novos diagnósticos de câncer serão registrados por aqui no período.

Diante desses dados, fica a reflexão: é ou não importante pensar a longo prazo e contratar um seguro que possa oferecer algum tipo de tranquilidade – em termos de saúde – aos colaboradores da sua empresa? Pense a respeito!

* Francisco de Assis Fernandes é diretor comercial da American Life

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