A Mapfre gerou um resultado operacional de 702 milhões de euros em 2018, um aumento de 0,3% em relação ao ano anterior. No entanto, no final de 2018, a empresa decidiu reforçar o seu balanço dedicando uma verba extraordinária de 173 milhões de euros devido à redução ao valor recuperável parcial do fundo de comércio das operações de seguro nos Estados Unidos, Itália e Indonésia. Essa verba é feita com o objetivo de adaptação às novas circunstâncias dos mercados, mantendo a rentabilidade para os seus acionistas e lançando as bases para continuar crescendo com rentabilidade. Depois de contabilizar essa verba, o resultado do exercício foi de 529 milhões de euros, 24,5% inferior ao registrado em 2017.
A queda das receitas financeiras devida a baixas taxas de juros, depreciação das moedas (que tiveram um impacto sobre o resultado de 17 milhões de euros), o custo de catástrofes (principalmente furacões e tempestades de inverno), com um impacto na atividade de resseguros de 97 milhões de euros, e o reajuste devido à hiperinflação das filiais na Argentina (ao ser considerado um país hiperinflacionário porque tem uma inflação acumulada de mais de 100% nos últimos três anos), com um impacto negativo de 18 milhões de euros, influenciaram negativamente o resultado.
A receita total do Grupo atingiu os 26,590 bilhões de euros, representando um decréscimo de 5%, principalmente devido à depreciação das moedas dos principais países nos quais a Mapfre opera, especialmente o dólar, o real brasileiro, o peso mexicano e a lira turca, assim como a queda dos rendimentos financeiros. Os prêmios, por outro lado, ficaram nos 22,537 bilhões de euros (-4%), também influenciados pelo efeito da depreciação do câmbio. De fato, o impacto dessa depreciação nos prêmios é de 1,439 bilhões de euros. A uma taxa de câmbio constante, os prêmios teriam crescido 2,1%.
É importante destacar o desempenho positivo de Espanha, com prêmios de 7,524 bilhões de euros, representando um crescimento de 10,3%, face ao aumento registrado pelo setor de 1,34%. A Área Regional Ibéria, o mercado, no qual se iniciou a estratégia baseada no crescimento rentável, consolida-se como o motor do crescimento do Grupo.
Também se destaca a melhoria da taxa combinada do Grupo, que no final de 2018 era de 97,6%, o que representa uma melhoria de meio ponto percentual em relação a 2017.
O patrimônio líquido se situa nos 9,198 bilhões de euros, enquanto que os fundos próprios atingiram os 7,994 bilhões de euros, no final de 2018 e o total de ativos atingiu os 67,291 bilhões de euros.
No encerramento de 2018, os investimentos do Grupo chegaram a 49,274 bilhões de euros. 56% deste valor corresponde à dívida soberana e 18,1% à renda fixa corporativa. 4,9% é relativo a investimentos em renda variável e 4,5% é relativo a tesouraria, uma percentagem semelhante ao investido em imóveis. 67% do total de investimentos em renda fixa têm uma notação de risco de A ou superior.
No fechamento de setembro de 2018, o índice de Solvência II ficou situado em 207,9%, em comparação com 201,7% de junho, com 88% de capital da mais alta qualidade (TIER 1). É importante sublinhar que o índice de solvência mantém uma grande solidez e estabilidade, sustentando em uma alta diversificação e em políticas estritas de investimento e gerenciamento.
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