Em um momento em que o País discute a necessidade da reforma da previdência, a maior expectativa de vida da população e a importância do planejamento financeiro para os anos pós-aposentadoria, a Capemisa Seguradora, em parceria com a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ), organizou um fórum para tratar sobre o tema, a longevidade e os desafios ao fomento da previdência complementar com gestores de RH, atuários e consultorias de previdência.
“Todos nós estamos acompanhando as transformações pelas quais o Brasil está passando, como o aumento da expectativa de vida do brasileiro, os desequilíbrios fiscais, as necessidades do mercado de trabalho. Entendemos que a parceria entre as entidades de previdência e seguradoras é muito importante para o fomento dos mercados e o estímulo ao desenvolvimento de uma cultura da proteção para a população”, afirmou o presidente da seguradora, Jorge Andrade.
Para o presidente da ABRH, Paulo Sardinha, é fundamental também trazer o assunto para os jovens. “Educação financeira é um tema fundamental para nossa sociedade hoje. Um dos caminhos mais seguros é a previdência complementar para se ter dignidade após o tempo de trabalho”, declarou.
Na programação, palestras do diretor-executivo da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Luiz Carlos Cotta, do consultor da JCMB José Edson Cunha, da representante da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), Anette Lopes Pinto, e da diretora da ABRH-RJ, Rosana Rosa. O encontro aconteceu no último dia 16 de março, na sede da Capemisa, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Para o diretor-executivo da Abrapp, Luiz Carlos Cotta, esse é um benefício importante para avaliação dos gestores de recursos humanos, pois permite melhor relação entre capital e trabalho. “Se a gente vai viver mais, a gente precisa de recursos por mais tempo, principalmente quando os gastos aumentam, sobretudo com saúde. Sabemos que 52% da população precisa reduzir as despesas após a aposentadoria, e apenas 30% consegue manter o mesmo nível das despesas ao se aposentar”, diz Cotta.
Já o consultor José Edson da Cunha acredita que é preciso uma reformulação estrutural dos projetos de benefício, acompanhando o ciclo de vida dos brasileiros. “Além da longevidade, há alguns outros desafios nessa questão da previdência, como a alta taxa de desemprego, que impacta na contribuição, enquanto a despesa com aposentadoria só cresce, e o novo cenário de economia social”, considerou ele. “Com a reforma da previdência, vai haver um incremento muito grande na previdência complementar. E é papel do RH pensar nesse benefício”.