De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), em 2017 foram registrados 10.599 casos de roubo de cargas, o que equivale a um crime a cada 50 minutos e prejuízo de R$ 607,1 milhões. A região mais afetada é a capital, que concentrou mais da metade das ocorrências do estado.
Com base nesses números, Cyro Buonavoglia, presidente da Buonny, considera que alguns eixos devem ser trabalhados em conjunto para a redução das estatísticas.
“É preciso integrar todas as informações disponíveis no Brasil, órgãos públicos e privados, para que as Polícias possam atuar organizadas e com inteligência, cada uma dentro de sua jurisdição, visando o trabalho preventivo e atendimento das ocorrências informadas em tempo real”, diz o executivo.
“Um importante passo foi dado pelo Governo Federal com a publicação do Decreto 8.614, de 22 de dezembro de 2015, instituindo a Política Nacional de Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas para disciplinar a implantação do Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas. O objetivo é integrar informações no Sistema e ações através do Comitê Gestor desta Política, órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa vinculado ao Ministério da Justiça”, destaca.
Além disso, segundo Buonavoglia, é preciso endurecer a legislação penal relativa ao roubo e receptação de cargas para retirar de cena as quadrilhas especializadas no roubo e também os criminosos receptadores. “Estes representam o importante elo nesta cadeia criminosa e devem ser detectados e combatidos com muita inteligência”.
Gerenciamento de riscos
As tecnologias usadas por gerenciadoras de riscos são ferramentas fundamentais para as operações. De acordo com Buonavoglia, o importante é começar a gerenciar riscos para analisar e visualizar os benefícios o quanto antes. “Inclusive, motoristas autônomos estarão mais protegidos trabalhando em operações e transportes que tenham um PGR – Projeto de Gerenciamento de Riscos acompanhados por uma Gerenciadora de Riscos”.
O Projeto de Gerenciamento de Riscos é específico para cada cliente em função do perfil do transporte e viagem. O plano envolve veículo, tecnologia embarcada e de comunicação, redundâncias, macros de segurança, associação de iscas eletrônicas e escoltas, sensores e atuadores necessários, perfil do motorista, treinamentos técnicos e operacionais, origem e destino, roteirização, plano de viagem e jornada do motorista.
“Todos estes itens e seus detalhes são criteriosamente parametrizados pelo nosso conhecimento e experiência de mais de 20 anos em gerenciamento de riscos”, finaliza.