Apesar de ainda sentir os efeitos da crise, o mercado de seguro de transportes internacional é uma boa opção para o corretor trabalhar neste momento.
Mesmo com as sucessivas quedas nas operações brasileiras de comércio exterior, o segmento tem potencial de crescimento porque a maioria dos exportadores comercializa suas mercadorias sem seguro e parte considerável dos importadores não contratam nenhuma cobertura.
Esse comportamento se deve por um fator cultural. “As empresas não fazem seguro porque acreditam que o valor pago poderia encarecer o custo final do produto, o que não é verdade. O valor do seguro de transportes contratado no Brasil se equivale e pode ser até mais barato do que em outros países”, afirma Mariana Miranda, gerente de subscrição da Argo Seguros.
Outra questão é o volume dos negócios realizados. Enquanto as operações de comércio exterior movimentaram em 2016 mais de US$ 322,7 bilhões entre importações e exportações, o volume de prêmios emitidos foi de apenas R$ 454 milhões. “Considerando todos esses fatores, acreditamos que o valor do seguro arrecadado tem potencial considerável de crescimento. O que precisamos é superar essas questões culturais e promover a importância do seguro para importadores e exportadores”, explica a executiva.
O seguro de transportes para importações ou exportações oferece cobertura ampla contra danos provocados por causas externas e ainda coberturas adicionais, que possuem proteções mais específicas como operações de carga e descarga, frete, despesas, lucros esperados, extensão de cobertura para abertura de volumes e despesa de reembalagem.
Para oferecer o produto, o corretor deve estudar a logística do cliente, visando identificar todos os imprevistos que podem acontecer com uma carga durante todo o trajeto. Por isso, é preciso levar em consideração aspectos importantes como o tipo de mercadoria, embalagem, perecibilidade, armazéns de transito, destino, assim como o tipo de cobertura fornecida pela seguradora.