Ultima atualização 29 de março

Polícia abre novos inquéritos para apurar fraudes no DPVAT

Em Goiânia, suspeitos simulavam até acidentes para receber benefício. Nova fase volta a investigar caso após três serem presos e 87, indiciados
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Apenas corretores e distribuidores credenciados pela companhia estão autorizados a comercializar seguros da Mapfre. Seguradora tem canal de denúncias

DPVAT

A Polícia Civil abriu mais 26 inquéritos para apurar fraudes no seguro DPVAT, em Goiânia. De acordo com a delegada Érica Botrel, responsável pelos casos, o crime vem se tornando cada vez mais comum na capital e Região Metropolitana. Em alguns casos, os suspeitos simulam até mesmo acidentes automobilísticos para conseguir resgatar o benefício.

A ação é a segunda fase de uma operação deflagrada em outubro do ano passado, onde três pessoas foram presas pelo crime. Na ocasião, de acordo com a delegada, 87 pessoas foram detidas, mas foram soltas e continuaram a cometer as fraudes.

Como os golpes são realizados

“São fraudados documentos médicos com despesas fictícias, exames e até prontuários médicos destinados a agravar, de forma artificial, a situação de um paciente, possibilitando a ele receber a indenização por invalidez. Também tivemos notícias de falsas de acidentes trânsito, quando a pessoa simula algo que não ocorreu”, destacou Érica.

Em documentos obtidos pela corporação, há o recibo de um médico que nunca atendeu em Goiânia e o endereço de uma clínica que não tem relação com fisioterapia. Nas sessões, eram pedidos o máximo de atendimentos, mesmo quando a pessoa não precisava. Em alguns casos, os golpistas conseguiam receber o valor de R$ 13,5 mil.

A abordagem era feita de duas formas: com pessoas na porta dos hospitais coagindo pacientes ou por funcionários de unidades de saúde que passavam dados dos pacientes para membros da quadrilha.

Algumas vítimas assinavam uma procuração e o estelionatário preenchia os dados, recebendo posteriormente a informação de quando o dinheiro estaria na conta. Eles iam ao banco e o golpista ficava com metade do dinheiro.

Érica revelou que entre os investigados, estão falsos advogados, médicos, funcionários públicos, fisioterapeutas e beneficiários que agem com dolo e má fé.

Vale lembrar que não é necessário um intermediador ou advogado para da entrada no seguro.

Fonte: G1

L.S.
Revista Apólice

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