Segundo um estudo feito pela FenSeg, somente 13,3% das residências brasileiras estão protegidas com um seguro, enquanto em países como Estados Unidos, Inglaterra, França e Chile, o percentual de casas seguradas já passa de 80%.
Marcella Ewerton, coordenadora de marketing da Bidu Corretora, diz que a baixa penetração do produto no mercado brasileiro pode estar relacionada ao fato de que muitas pessoas ainda pensam que este seguro é caro. Porém, o preço de um seguro residencial é baixo, já que é baseado no custo de reconstrução do imóvel – o valor necessário para reconstruir todo o imóvel em caso de algum acidente.
O cálculo é estipulado pelo próprio proprietário e não deve levar em consideração variáveis como o preço do terreno e do metro quadrado em seu bairro.
“O seguro residencial não costuma passar de 0,5% do valor de reconstrução”, explica a profissional. Além disso, o preço é influenciado pelo CEP, tipo de construção e pelas coberturas escolhidas pelo segurado.
Com o intuito de exemplificar quanto custa um seguro residencial, a corretora simulou o preço em 5 localidades, para casas e apartamentos.
As coberturas escolhidas foram de incêndio, raio, explosão, fumaça, queda de aeronave, danos elétricos, responsabilidade civil familiar, roubo e furto, vidros, espelhos e mármores, com o valor de reconstrução de R$ 100 mil.
Preços
Em São Paulo, o seguro residencial custa, em média R$ 412,91 para casas e R$ 108,82 para apartamentos. Já no Rio de Janeiro, varia de R$ 261,48 para casas e R$ 106,91 para apartamentos.
De acordo com Ewerton, o investimento neste seguro para moradores das duas cidades é importante, já que o número de roubos e furtos de residências nas regiões aumenta cada vez mais e, por isso, o produto surge como uma alternativa para diminuir possíveis prejuízos e aumentar a tranquilidade dentro de casa.
Para moradores de Porto Alegre, o seguro pode variar de R$ 401,25 (casas) e R$ 117,40 (apartamentos). “A região concentra 80% da incidência de fenômenos naturais. Por um preço baixo, os porto-alegrenses podem garantir indenização para os danos causados por vendavais, tempestades e outros fenômenos naturais”, comenta.
Em Manaus, a cobertura à danos causados por fenômenos naturais também é um fator decisivo na contratação do seguro, já que o estado é o que mais possui incidência de raios no país.
“A cobertura para raios está incluída na cobertura básica, ou seja, qualquer seguro cobre danos referentes a queda de raio”, explica.
Para casas, o valor do seguro na região é de R$ 437,90 e, para apartamentos, é R$ 153,73.
Já para os sergipanos, os benefícios oferecidos pelo produto ocasionaram no aumento da procura por seguro residencial na região. De acordo com a Fenacor, de janeiro a agosto deste ano houve um aumento de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior. No local, o valor anual do seguro é de R$305,89 para casas e R$ 119,55 para apartamentos.
Segundo a executiva, a diferença dos valores de seguro para casas e apartamentos ocorre, principalmente, pela menor probabilidade de ocorrer roubos, furtos e arrombamentos nos apartamentos, já que na maior parte das vezes há portarias e seguranças. Além disso, a chance de danificação da estrutura é menor e, ainda, existe a cobertura do seguro do próprio condomínio, que também são fatores que proporcionam a diminuição do valor.
L.S.
Revista Apólice