As companhias do mercado de seguros começam a divulgar os resultados dos balanços realizados no terceiro trimestre de 2016. De maneira geral, os número parecem ser positivos, apesar do clima cauteloso que ainda paira sobre a economia brasileira. Confira o balanço de algumas empresas:
Porto Seguro
No terceiro trimestre e nos nove meses do ano, a Porto Seguro obteve crescimento nas principais linhas de negócio. O resultado da empresa no trimestre já mostra sinais de melhora. Isso vale tanto para os negócios de seguros quanto para os negócios financeiros e serviços. O índice combinado de seguros foi o melhor do ano, assim como o resultado recorrente dos demais negócios.
Na operação de seguros, os prêmios auferidos da companhia aumentaram 5% no 3T16 e 6% no 9M16. O seguro de auto consolidado das 3 marcas cresceu 3% no trimestre, enquanto o mercado recuou 3% entre julho e agosto. O número de veículos segurados atingiu 5,6 milhões (+8%) e o número de vidas no seguro de pessoas e odontológico evoluiu em mais de 7% nos últimos 12 meses. O índice combinado piorou, atingindo 97,9% (+1,6 p.p.) no 3T16 e 99,0% (+2,7 p.p.) no 9M16, explicado pelo aumento da sinistralidade.
No trimestre, os sinistros foram pressionados pelo aumento dos roubos de veículos e pela base de comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o resultado foi melhor em relação à média histórica. Além disso, a elevação da frequência de utilização do seguro saúde também impactou a sinistralidade. Por outro lado, o índice de despesas administrativas de seguros recuou em 1,1 p.p., sendo que os gastos nominais decresceram 3% no trimestre e cresceram menos de 1% no ano, resultado da melhora na eficiência operacional.
Finalmente, o lucro líquido atingiu R$ 205 milhões no trimestre, correspondendo a um decréscimo de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, o lucro líquido atingiu R$ 620 milhões, sofrendo uma redução de 13% (vs. 9M15). O ROAE atingiu 13,5% no 3T16 e 13,9% no 9M16. Entretanto, no 3T15 houve um ganho não recorrente² no valor líquido de R$ 28 milhões. Desconsiderando esse efeito, o lucro do trimestre aumentaria em 13% e lucro acumulado do ano seria 10% menor.
Chubb
Durante a sua conferência telefônica com os investidores hoje, o chairman e CEO da Chubb, Evan Greenberg, anunciou que a empresa teve um excelente terceiro trimestre, com crescimento de receita de prêmios de acordo com as expectativas da companhia.
A receita operacional após os impostos do trimestre foi de US$ 1,4 bilhão, ou US$ 2,88 por ação, comparado com US$ 2,74 no ano anterior. O índice combinado de P&C no trimestre foi de 86%. Os prejuízos com catástrofe foram acima de US$ 144 milhões antes de impostos contra a quantia excepcionalmente baixa de US$ 101 milhões no ano passado. A Receita financeira líquida ajustada do trimestre foi de US$ 830 milhões.
Os valores contábeis e tangíveis por ação subiram 2,4% e 5,5%, respectivamente. O retorno operacional anualizado para o trimestre foi de 12%. Os prêmios líquidos de P&C no trimestre caíram 3,5% em uma base de dólar constante. A flutuação cambial foi um dos fatores impactantes.
A.C.
Revista Apólice