A britânica CGSC, atuante no Brasil com a Cooper Gay e com a Swett & Crawford, anunciou na última sexta-feira (26) a venda de seus ativos na América do Norte para a BB&T, do grupo CRC Insurance Services. A operação, cuja oferta foi anunciada em novembro, totalizou US$ 500 milhões em espécie e compreendeu todas as empresas da CGSC nos Estados Unidos.
A venda ainda está sujeita à aprovação e deve ser concluída até meados de 2016. A transação inclui as operações de assessoria (distribuição) da Swett & Crawford, de corretagem de seguros da US Insurance Broker e a especialidade J.H. Blades & Co. Originalmente na oferta, a Creechurch International Underwriters, atuante no Canadá e responsável por 5% do faturamento na região, ficou fora do negócio.
Em comunicado, a BB&T declarou que a aquisição vai elevar em US$ 200 milhões o faturamento da empresa. Para o presidente da CGSC do Brasil, Fábio Basilone, a transação permitiu a transferência de um passivo expressivo adquirido na compra da Swett & Crawford pela Cooper Gay em 2010 e proporcionou uma nova injeção de capital para a expansão global da companhia. “Cerca de 10% dos recursos da venda serão aplicados no Brasil”, afirma o executivo.
No Brasil, a empresa tem feito desde o fim de 2014 uma série de aquisições para constituir uma rede de distribuição de seguros de alta capilaridade, num projeto que conta com US$ 50 milhões em recursos e deve viabilizar a exploração de nichos negligenciados. “Esse projeto passa ser uma das principais iniciativas da CGSC no mundo”, diz Basilone.
De 2015 até agora, a empresa já incorporou seis assessorias em Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e São Paulo. Fechou também um acordo de distribuição com a GC do Brasil, presente em mais de 100 municípios, e ainda parcerias regionais no Triângulo Mineiro e Sul de Minas. Atualmente, a rede de assessorias atende cerca de três mil corretores independentes.
Essa estrutura de distribuição já começou a chamar a atenção das seguradoras brasileiras. De acordo com Basilone, o braço de assessoria do grupo, a Swett & Crawford do Brasil, fechou quatro novos contratos de distribuição com seguradoras. Para Basilone, o próximo passo é avançar as aquisições de assessorias até o ponto em que a operação seja a maior do Brasil e iniciar a disponibilização de apólices para nichos negligenciados com os recursos em resseguros.
A.C.
Revista Apólice