Ultima atualização 18 de dezembro

CNseg prevê crescimento de 10,3% para 2016

Projeção de crescimento da CNseg caiu em relação a 2015, levando em consideração as condições políticas e econômicas brasileiras

CNSEG COLETIVA

Neste momento de crise política e econômica, o mercado de seguros brasileiro continua em ritmo de crescimento acima da inflação. Em 2015, segundo as projeções da CNseg – Confederação Nacional das Seguradoras – o setor deve avançar 11% em relação ao ano de 2014. Até setembro deste ano, a variação foi de 12,5% com destaque para o seguro habitacional, que cresceu 18,6%.

O mercado brasileiro de seguros conta, hoje, com 128 resseguradoras, 116 seguradoras, 1173 operadoras de saúde suplementar e 17 sociedades de capitalização. Estas empresas geram 124 mil empregos diretos, além de receber a colaboração de 94 mil corretores pessoas físicas e jurídicas.

 

tabela 1

O presidente da entidade, Jayme Garfinkel, destacou as contribuições do setor para a sociedade e a economia. Foram pagos R$ 15,2 bilhões em indenizações do seguro de automóvel. No total das carteiras sob o guarda-chuva da Susep, foram pagos R$ 82,1 bilhões. Em despesas médico-hospitalares e odontológicas foram pagos R$ 89, 8 bilhões.

“O setor de seguros é o 5º colocado em termos de arrecadação de tributos, segundo dados da Receita Federal. Acho que merecíamos um olhar mais carinhoso do Governo”, brincou Garfinkel, destacando que R$ 11,1 bilhões já foram pagos este ano, o que equivale a 60,8% do lucro líquido do setor.

Para 2016, o crescimento esperado é de 10,3% em relação a 2015. A redução deve acontecer em função da crise e da queda da empregabilidade, com crescimento de 10,3%, em projeção de inflação de 6,8%.

As projeções de crescimento se baseiam no fato da maioria dos brasileiros ainda não contarem com nenhum tipo de proteção securitária. Segundo dados apurados pela CNseg, 188,6 milhões de pessoas não possuem previdência complementar; 45 milhões de pessoas ocupadas ainda não contam com nenhum tipo de plano de saúde; 70 milhões de pessoas ocupadas não têm plano odontológico e há 51,9 milhões de veículos com mais de cinco anos de uso, que poderiam ser atingidos por um seguro para automóveis populares.

tabela 2

 

Sobre o Futuro

O cenário que se desenha para 2016 não é dos mais animadores, apesar de todos os executivos do setor garantirem que o mercado demora um pouco mais para sentir os efeitos de uma crise econômica. O presidente da Fenseg, Paulo Marraccini, disse que a crise precisa ser colocada dentro de um contexto. “As companhias se preparam e se adaptam rapidamente ao novo modelo econômico. Enquanto isso, o mercado avança em muitos pontos, como no seguro rural, em que as companhais estão se equipando para trabalhar com dados de satélite, para atuar de maneira mais autônoma”.

Osvaldo Nascimento, presidente da Fenaprevi, comentou a perda do grau de investimento do Brasil e seu impacto para o setor de previdência. R$ 500 bilhões das reservas do setor fazem parte dos ativos garantidores dos fundos. “Na realidade, estes valores estão aplicados em papéis do mercado financeiro, de acordo com a escolha do participante. A segurança destas aplicações internas está garantida”, ressaltou. Entretanto, o executivo lembrou que achar que a perda do grau de investimento não tem impacto algum sobre a economia é uma visão míope: “perdemos eficiência porque o custo de financiamento fica mais elevado”.

Os efeitos da crise econômica já são sentidos desde 2014, conforme lembrou o presidente da Fenasaúde, Marcio Coriolano. “Somente no setor de óleo e gás e construção civil, os mais impactados pelas investigações da Lava Jato, já foram fechados mais de 1,5 milhão de postos de trabalho. Entretanto, saúde privada é uma coisa tão preciosa que acreditamos que este é um dos últimos benefícios a serem abandonados.

 

 

Kelly Lubiato, do Rio de Janeiro
Revista Apólice

 

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