O Grupo CGSC, que no Brasil atua com a corretora de resseguros Cooper Gay e com a assessoria em seguros Swett & Crawford, anunciou que vai vender seus ativos nos Estados Unidos. A oferta inclui todas as empresas do grupo no país, entre elas a operação norte-americana de assessoria da Swett & Crawford, a corretora de seguros US Insurance Broker, além das especialidades J.H. Blades & Co. e Creechurch International Underwriters.
Intermediada pelo banco de investimento com sede em Nova York Perella Weinberg, a proposta exclui, no entanto, a filial da CGSC em Miami. Essa unidade controla as operações do grupo na América Latina, inclusive a do Brasil, e permanecerá debaixo do guarda-chuva da holding.
Em comunicado, o CEO da CGSC, Steve Hearn, disse que os recursos da transação serão suficientes para eliminar o endividamento do grupo e ainda realizar novos investimentos. Em 2010, quando a inglesa Cooper Gay adquiriu a americana Swett & Crawford, tornando-se então o Grupo CGSC, a nova empresa incorporou um passivo estimado em US$ 400 milhões. Após a transferência dos débitos, haverá recursos de sobra para a retomada do crescimento.
“Vamos ser um grupo sem nenhum centavo de dívida e muito capitalizado. Além disso, vamos poder alavancar todas as aquisições que a gente precisa [fazer ainda no País]”, diz o presidente da CGSC do Brasil, Fábio Basilone. “Nada muda na composição dos ativos brasileiros. A operação da Swett & Crawford no Brasil não será vendida”, ressalta o executivo.
Desde o início do ano, a CGSC tem adquirido o controle de assessorias em seguros em todo o País. Até o momento, seis empresas já estão sob o controle da companhia nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal. Além disso, a Swett & Crawford efetivou um acordo com a CG do Brasil para a distribuição de produtos de seguros em mais de 100 municípios, a maioria nas regiões Sul e Centro Oeste.
Segundo Basilone, o objetivo é consolidar negócios em todo o Brasil com a ajuda dos três mil corretores ligados às assessorias controladas pela Cooper Gay Swett & Crawford do Brasil. Esses profissionais serão capacitados e terão acesso ainda a proteções para necessidades inéditas, criadas segundo o perfil econômico de suas regiões de atuação.
Para viabilizar essas coberturas junto às seguradoras, a estratégia é disponibilizar os resseguros do grupo. Esse tipo de negócio é o que diferencia a empresa das demais assessorias no Brasil. “Com a venda dos ativos nos Estados Unidos, mudaremos o nome da operação. Mas isso não altera o fato de que o projeto no Brasil passa a ser um dos mais importantes do grupo no mundo. O que esperávamos ocorrer em 2018 deve acontecer muito mais cedo”, prevê Basilone.
L.S.
Revista Apólice