Quando o assunto é benefício, o trabalhador brasileiro tem suas preferências. Segundo uma pesquisa recente promovida pela Catho, a assistência médica e a participação nos lucros da empresa são os mais citados. Porém, o que chama mesmo a atenção é a classificação da assistência odontológica na lista dos mais desejados.
Apesar de contar 40% da preferência e estar em 7º lugar no ranking geral, a participação dos planos odontológicos nas cestas das empresas é bem maior. “Alguns benefícios não são comuns em boa parte das empresas, enquanto outros são obrigações legais impostas ao empregador. Dessa forma, estaríamos entre os quatro mais citados”, afirma o diretor de Finanças e Administração do Inpao Dental, Claudio Aboud.
O executivo se refere ao fato de que a participação nos lucros e a bonificação por desempenho (2º e 5º lugares, respectivamente) serem realidades distantes da maioria das empresas. Por outro lado, o vale-transporte é uma obrigação prevista em lei. Além disso, outros benefícios citados, como a assistência médica (1º) e os vales alimentação (3º) e refeição (4º) já são benefícios consolidados nas companhias.
Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também confirmam o crescimento dessa preferência. Entre 2003 e 2013, o número de beneficiários de planos odontológicos passou de 4,3 milhões para 20 milhões (370%), enquanto os planos de saúde aumentaram a carteira de beneficiários de 32 milhões para 50 milhões (55%).
O tema ganhou relevância nesta semana em que aconteceu o Conarh. Promovido pela ABRH-Brasil, o evento teve como tema “A Arte da Gestão de Pessoas – desafios, incertezas e complexidade”. “Muitas empresas utilizam os benefícios como forma de reter e atrair talentos. Se existem questões a serem avaliadas nesse sentido, certamente os benefícios têm espaço garantido e relevância nessa discussão”, finaliza Aboud.
L.S.
Revista Apólice