Dois estudos divulgados recentemente pela Finaccord apontam que o valor do mercado de corretores de seguros de não-vida no Reino Unido foi de GBP 4,64 bilhões em 2014. Em 2010, este valor já estava na casa dos GBP 4,55 bilhões, o que mostra que a taxa nominal de crescimento foi de 0,5% ao ano, mas com declínio 2,5% em termos reais, uma vez descontada a inflação. Deste valor, 2,54 bilhões de libras esterlinas referem-se a linhas comerciais e 2,10 bilhões, a linhas pessoais, com o valor de ambos os segmentos tendo recuado em termos reais desde 2010.
“Em termos de valores totais, o setor de corretagem de seguros não vida no Reino Unido é altamente maduro e competitivo”, comentou Alan Leach, diretor de Finaccord. “No entanto, enquanto o mercado pode parecer estagnado à primeira vista, ele mascara um dinamismo considerável em relação aos corretores que nele atuam. Notavelmente, fusões e aquisições têm sido generalizadas nos últimos meses e corretoras de sucesso atingiram impressionantes taxas de crescimento através da implementação de estratégias diferenciadas em áreas como afinidades e corporativos, vendendo através de agregadores e desenvolvendo expertise em segmentos de produtos ou clientes especializados “.
Leach explica que muitos corretores de seguros especializados em linhas comerciais têm expandido seus negócios através da compra de empresas menores nos últimos tempos. “Em particular, Arthur J. Gallagher está agora classificada no top três do Reino Unido, como resultado de uma série de aquisições feitas desde 2011 e os concorrentes fora do ‘top ten’ tiveram crescimento rápido, como a Howden, uma subsidiária da Hyperion Insurance Group, e a americana Integro. Por outro lado, os IPOs do AA e Saga de Acromas Holdings em 2014, na verdade, contribuíram para diminuir a concentração do mercado. “
Quanto ao futuro, a análise da Finaccord sugere que o setor de corretores de seguros não-vida do Reino Unido vai lutar para obter um crescimento orgânico até 2018. Na verdade, com um valor total previsto de GBP 4,69 bilhões para este ano futuro, ele vai continuar a diminuir em termos reais, como resultado de sua saturação e da dificuldade dos corretores em aumentar sua quota de distribuição, tanto em termos de linhas comerciais como pessoais. No primeiro caso, isso é porque ela já é muito elevada (em cerca de 88%), enquanto na segunda é devido à contínua concorrência dos canais alternativos, mais notadamente as vendas diretas e agregadores.
“A fim de competir com sucesso, corretores de seguros não-vida no Reino Unido terão que focar na inovação, não só em seu campo tradicional de corretagem, mas também, em alguns casos, na subscrição”, prevê Alan Leach, concluindo que, “por outro lado, uma questão-chave para as grandes seguradoras será descobrir se há mérito em sua tentativa de exercer maior controle sobre o canal de corretagem, tomando posse de partes dele. Na verdade, muitas das principais corretoras já pertencem a grupos cuja atividade fim é a subscrição de seguros”.
Kelly Lubiato
Revista Apólice
