As afirmações de que é essencial analisar muito bem as necessidades de cada segurado na hora da contratação da apólice têm sido muito reiteradas no mercado de seguros brasileiros, mas na última quinta-feira, 19, a prova dessa necessidade veio com a tempestade que atingiu São Paulo e trouxe prejuízos à concessionária Honda Daitan, do Ibirapuera, que ficou alagada após a enxurrada e não possui cobertura de alagamento, segundo informações apuradas pela jornalista Kelly Lubiato com fontes do mercado..
Os veículos de terceiros que estavam na unidade também não tinham cobertura do seguro de responsabilidade civil, pois ela não foi contratada. Divulgada no facebook da Revista, a informação serviu para que profissionais do mercado ressaltassem suas opiniões sobre o ocorrido.
Richard Hessler Fruck, corretor de seguros especialista em concessionárias, ressaltou que encontra muita dificuldade em fechar essas apólices empresariais. O corretor afirmou que é difícil que as seguradoras aceitem esse risco.
A falta de apetite das companhias também foi o que constatou a advogada Angélica Carlini, presidente da Associação Internacional de Direito do Seguro (AIDA). “isso é o que eu mais escuto nas palestras que faço para corretores de seguro sobre a importância do RC em suas diferentes modalidades. Eles sempre argumentam que não estão conseguindo colocar os riscos”, afirmou.
Este episódio mostra q enquanto as empresas enxergarem o seguro como despesa, o prejuízo em caso de sinistro pode ser catastrófico. Cabe ao corretor de seguros a responsabilidade de equalizar a conta entre custos e necessidade do segurado. Mas também levanta questões sobre análises de quais riscos são declináveis e como as seguradoras podem esclarecer quais demandas podem ser.
A concessionária não se pronunciou sobre o assunto até o momento.
Kelly Lubiato e Amanda Cruz
Revista Apólice