Com uma frota de mais de 47 milhões de veículos em circulação, o Brasil ainda é tímido quando o assunto é seguro Auto. Para avaliar o cenário, a Minuto Seguros estabeleceu uma relação entre o número de veículos em circulação e o de segurados.
A empresa utilizou os dados obtidos no site da Superintendência de Seguros Privados (Susep) entre o segundo semestre de 2006 e o primeiro de 2013 para estimar o volume de carros segurados, e, para acompanhar a evolução da quantidade de automóveis nas ruas, se baseou nas estatísticas da frota de veículos disponibilizada no site do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
“Percebemos como esta relação entre frota circulante e segurada é sensível. Fazendo um exercício simples: se em vez de termos no Brasil um veículo com seguro a cada três, passássemos a ter um a cada dois, o número de veículos com seguro cresceria aproximadamente 10 milhões. Se as vendas de veículos continuarem crescendo, este número será ainda maior”, declara Marcelo Blay, sócio-diretor da Minuto Seguros.
O comportamento desta relação pode ser analisada no gráfico. Os números representam a quantidade de carros em circulação para cada carro segurado, lembrando que, quanto menor o número mostrado, mais veículos segurados teremos.
“Se pegarmos os dados do segundo semestre de 2006, para cada três veículos em circulação, um deles tinha seguro. Se observarmos o primeiro semestre de 2013, para cada 3,6 veículos nas ruas, apenas um possuía seguro. Isto é, temos mais veículos nas ruas sem seguro do que há uns anos”, explica Blay.
Porém, ao se analisar o gráfico, nota-se pouca variação e os números parecem relativamente estáveis ao longo do período analisado de sete anos. A relação basicamente não se alterou, visto que em nove dos 14 semestres analisados a proporção foi de 3,2 ou 3,3 carros para cada veículo com seguro. Segundo o sócio-diretor, esta estabilidade não pode ser comemorada.
“Precisamos ajudar a disseminar a cultura de seguros no Brasil e sua importância. Quanto mais pessoas ingressarem no mercado, mais baratas tendem a ser as apólices para todos. Além disso, os seguros são uma excelente alternativa de poupança: quanto dinheiro as pessoas teriam que guardar para custear um infortúnio como o roubo de um carro ou o tratamento de uma doença grave, no caso do seguro de saúde?”, questiona Blay.
L.S.
Revista Apólice