A prevenção e o combate à fraude na indústria mundial de seguros são destaques durante a XXV Assembleia Anual da Associação de Supervisores de Seguros da América Latina (ASSAL) e a XV Conferência sobre Regulação e Supervisão de Seguros na América Latina (IAIS-ASSAL), que acontece até esta quinta-feira, 24 de abril, no Hotel Sheraton, na cidade de Assunção, no Paraguai. O evento, que teve início no dia 21, terá hoje a primeira reunião do Conselho de Presidência da Federação Interamericana de Empresas de Seguros (Fides).
Em debate, as tendências nas normas de regulação das seguradoras, adequação dos capitais com fins de solvência, dos riscos de desenvolvimento financeiro na indústria seguradora, além dos mecanismos para facilitar o acesso ao seguro e as experiências do mercado internacional.
Entre os presentes, o presidente de Seguros do Banco Central do Paraguai, Carlos Fernandez Valdovinos, o superintendente de Valores e Seguros do Chile, Carlos Pavez, o vice-presidente de Operações Institucionais da Comissão Nacional de Seguros e Finanças do México, Manuel Calderón, a diretora da Superintendência Geral de Seguros da Costa Rica, Celia González, a gerente de supervisão em Seguros do Banco Central do Uruguai, Rosolina Trucillo, o vice-presidente da Federação Interamericana, Recaredo Arias Jimenez, entre outros especialistas e representantes de empresas, órgãos reguladores e entidades.
Um dos palestrantes, o presidente da Federação Interamericana de Empresas de Seguros (Fides) e da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Marco Antonio Rossi, ressaltou que um dos desafios das seguradoras é prevenir, detectar e reparar o impacto das fraudes nos seguros, além de informar e conscientizar o consumidor. “A fraude não traz benefícios a ninguém. O custo adicional que a fraude gera para uma empresa reflete no preço que todos os segurados pagam, podendo encarecer o preço médio da apólice de seguro de automóvel, por exemplo, em até 11%”, afirma.
Levantamento da CNseg mostrou que a impunidade é o que leva a maioria a fraudar – 38% sabem que é crime, mas acham que não serão identificadas, e 19% fraudariam porque estão em dificuldades financeiras. Segundo a pesquisa, 73% jamais fraudariam e apenas 22% não fraudariam por receio de serem identificados.
No comando da Fides desde novembro do ano passado, Rossi destacou também a importância do evento para estimular e defender o desenvolvimento do mercado securitário no continente, a iniciativa privada e padrões éticos e técnicos em todas as atividades relacionadas ao setor na região e, principalmente, no Brasil. “O mercado de seguros nacional está em contato com as melhores práticas globais do mercado de seguros. Apesar da abertura do mercado de resseguro ser recente no país, nossa indústria tem fôlego para amadurecer rapidamente”, afirma, ressaltando que o Brasil já representa 50% das contribuições de seguros na América Latina e Caribe.
Novo site
Totalmente reformulado, o novo site da Fides será lançado durante o evento. Com alterações visuais e de conteúdo, o site traz, agora, informações detalhadas sobre todos os seus membros, mais notícias, bem como diversas publicações relacionadas ao tema seguro, além de ter tido reformulada a apresentação das informações para facilitar a navegação.
Para o presidente da entidade, a expansão do canal é fundamental para estreitar a relação entre os países da América Latina, disseminando mais informações e propiciando um debate relevante em prol do desenvolvimento das operações no continente.
T.C.
Revista Apólice