Samy Hazan, diretor de Seguros de Pessoas da Marítima / Yasuda, e Mikio Okumura, diretor-presidente da Yasuda Seguros, apresentaram as principais tendências na área de Seguros de Pessoas durante um encontro com investidores e analistas do mercado financeiro de São Paulo e Rio de Janeiro. Realizado na sede do Banco BTG Pactual, na capital paulista, na última quinta-feira, dia 10 de abril, o evento foi uma oportunidade de apresentar as perspectivas de negócios do segmento.
Na ocasião, foram apresentados os vetores de crescimento do mercado de seguros nos países emergentes, tais como a participação da indústria de seguros no Produto Interno Bruto (PIB), que apresenta potencial para expansão expressiva; crescimento da renda per capita da população, inclusão e mobilidade social; e, principalmente, situação demográfica favorável. A relevância do corretor de seguros no processo de distribuição, a alta rentabilidade dos produtos de seguro de vida e o cenário favorável para criação de produtos mais sofisticados por conta da abertura do mercado de resseguros no Brasil também foram tema de debate.
“Os investidores estão atentos às oportunidades no mercado de seguros brasileiro. Os aspectos demográficos e o aumento da capacidade de consumo da população faz com que aumente a demanda e o conhecimento de produtos até então pouco usuais no mercado interno. Isso faz do Brasil um mercado estratégico no segmento global de seguros”, afirmou Okumura.
“A taxa real de crescimento do seguro de Vida no Brasil, descontada a inflação, não guardou correlação com a taxa de crescimento real do PIB nos últimos anos. Crescemos em termos reais mais de seis vezes a taxa de crescimento real do PIB nos principais produtos de Seguro de Vida. Ainda sim, a área de Seguro de Pessoas tem uma agenda extensa para os próximos anos. Dentre as prioridades do segmento, destacamos a regulamentação do VGBL Saúde (conta individual de acumulação que visa custear despesas de saúde na melhor idade), a simplificação da contratação de seguros de Vida em geral, novos produtos de seguro de vida em regime de capitalização, Projeto de Lei para regulamentar o Patrimônio de Afetação na Previdência Complementar Aberta e o Projeto de Educação Financeira e Securitária da população”, explicou Hazan.
Outro aspecto abordado diz respeito à agenda da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) para alinhar o mercado brasileiro de seguros às melhores práticas internacionais. Dentre as principais prioridades para o mercado de seguros nacional comentados durante o encontro está a adequação ao modelo europeu de solvência (Solvência II), as regras para retrocessão de prêmios de resseguro e remessas de capital, o risco de mercado e o capital regulatório para a previdência complementar aberta, entre outras.
A posição de destaque do Brasil no mercado de seguros da América Latina chamou a atenção dos executivos presentes. Só para se ter uma ideia, segundo dados da Ernst & Young Terco, o mercado brasileiro foi o que mais cresceu em dólar na região nos últimos oito anos (18% ao ano, em média, convertido em dólar, acima de México, Colômbia, Chile, etc.).
T.C.
Revista Apólice