Ultima atualização 04 de dezembro

Willis apoia expedição de jovem na Antártida

Norte-americano de 19 anos irá percorrer 640 km em esquis, em um dos ambientes mais extremos do planeta, coletando amostras de neve para auxiliar estudos sobre as mudanças climáticas na Terra

A Willis Group patrocina a Resilience Expedition. O desafio do jovem norte-americano de 19 anos, Parker Liautaud (foto), é percorrer, com esquis,640 quilômetros, em 22 dias, tornando-se o homem mais novo e rápido a fazer o percurso da Costa da Antártida ao Polo Sul. O adolescente, que aos 14 anos já esteve em uma jornada no Polo Norte, irá coletar amostras de gelo e outros materiais para auxiliar pesquisas sobre as mudanças climáticas. “As pessoas discutem sempre sobre mudanças climáticas para as gerações futuras. Nós somos a geração futura, por isso estamos envolvidos nesse projeto” afirma Liautaud, que atualmente cursa Geofísica na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
Com o intuito de testar os limites da resistência humana em ambientes extremos, a corretora quer ampliar as informações existentes sobre as mudanças climáticas e os riscos associados a ela. “Embora os perigos naturais ainda sejam considerados raros, quando nós examinamos estatísticas, vemos que as corporações têm 30% de chances de experimentar uma inundação, um desastre natural ligado ao vento, ou um terremoto nos próximos 20 anos” declara Jose Otávio, CEO da Willis Brasil. Somente nos últimos três anos, a economia mundial registrou perdas de US$ 758 bilhões com as catástrofes naturais, segundo estudos da Swiss Re. Desse montante, estima-se que apenas 33% estavam segurados.
“O coração desta expedição está estritamente alinhado ao negócio da Willis. Com a análise dos resultados que serão obtidos é possível construir uma estratégia de resistência aos riscos. Não será apenas uma aventura extraordinária de Parker, mas um verdadeiro teste da resistência humana em ambientes extremos” declara o CEO mundial do Willis Group, Dominic Casserley.

Aventura no gelo
Na Antártida, Parker irá percorrer 30 km por dia em temperaturas entre-28°Ce-60°C. Isso tudo com uma bagagem de cerca de82 Kg, o equivalente ao seu próprio peso. O jovem explorador terá que esquiar durante 10 horas por dia para completar o desafio e irá gastar 4 horas para fazer e desfazer acampamento, e cozinhar suas refeições. Essas, por sinal, devem ser rigorosamente calóricas e dar energia ao jovem para garantir que ele consuma 6 mil calorias necessárias em seu dia.
Além das temperaturas extremas da região, o trajeto cruza os Montes Transantárticos – a terceira maior cadeia de montanhas do continente -, que alcançam até 4 mil e500 metrosem seu ponto mais alto. Além do frio, ele terá a forte pressão pela frente.
Em seu perfil no Facebook, Parker descreveu que os treinos na Islândia, realizados em setembro, incluíam técnicas de escalada no gelo e até resgate em “fendas polares”. Na Antártida, elas podem chegar à profundidade de45 metrose ter até20 metrosde diâmetro. Como são cobertas por uma espécie de ponte de neve, são difíceis de serem identificadas.

Termômetro Antártida
A Antártida é um dos raros locais do planeta onde o solo guarda registros do clima há milhares de anos. E durante o trajeto, Parker irá coletar amostras de neve, e enviar dados meteorológicos a cada 30 minutos. Essas amostras são fundamentais para sanar  dúvidas importantes sobre as alterações que estão ocorrendo no clima. Os estudos poderão auxiliar a humanidade a se preparar para viver em ambientes de temperaturas extremas daqui a alguns anos. Além de frio, o vento e a pressão, o continente conta com apenas200 milímetros de chuva por ano, o que torna o mais seco do mundo, um verdadeiro deserto de gelo.
Segundo a British Antartic Survey, a Antártida é uma das regiões polares de mais rápido aquecimento no planeta, o que torna essencial a análise de dados que será enviado por Parker para atualizar estudos do provável aumento do nível do mar com o derretimento do gelo dos polos. Com o apoio da EMC Corporation, empresa especializada em serviços de TI no mundo, e do IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, a expedição irá informação coletada em nuvem e analisada por especialistas em mudanças ambientais.
O percurso acontece em dezembro, uma época que a Antártida é banhada 24 horas pela luz do sol e poderá ser acompanhado ao vivo pelo site oficial (www.willisresilience.com) da expedição transmitindo o desafio.

A.C.
Revista Apólice

 

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