Comandados pelo renomado alpinista Josu Feijoo, quatro jovens brasileiros portadores de diabetes serão levados para o acampamento-base do Everest, a 5.350 metros de altitude. O desafio contará com um serviço de monitoramento remoto de saúde da AxisMed, empresa integrante do grupo Telefônica e especializada em soluções de gestão de saúde populacional.
Iniciativa similar foi realizada com pleno êxito no ano passado, envolvendo quatro atletas espanhóis e também liderada por Feijoo. Idealizador do projeto Diabéticos sem Fronteira, foi ele o primeiro diabético a escalar sozinho o topo do Everest e as sete montanhas mais altas do mundo.
A expedição terá 12 dias de duração, com início previsto para 17 de outubro, e contará com as participações de Leticia Socoloski, Viviane Tasch Alano, Tomas da Silva Boreira e Rodrigo Ferreira, integrantes do Instituto para Crianças com Diabetes. “Vamos provar que, apesar da doença, esses pacientes podem levar uma vida normal se cultivarem bons hábitos de saúde, um dos focos do nosso trabalho de 11 anos junto a funcionários de empresas e beneficiários de planos de saúde”, ressalta Fábio de Souza Abreu, diretor executivo da AxisMed.
Na versão brasileira, cada participante levará um kit da Telefônica Digital constituído por um tablet e um glicosímetro da Menarini Diagnostics para medir níveis de glicose e pressão arterial, ambos conectados a uma rede sem fio gerada por um terminal via satélite. Uma equipe multidisciplinar da AxisMed, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas, acompanhará a jornada em tempo real. Ao receber os dados, os profissionais poderão avaliar as condições clínicas e gerenciar a agenda dos pacientes, incluindo horários de alimentação e controle de glicemia, programar alertas personalizados a cada obstáculo superado e enviar recomendações de dosagem de insulina. Diariamente, os alpinistas também contarão detalhes da missão no blog www.diabeticoseneleverest.com e na página do Facebook www.facebook.com/diabeticosnoeverest.
“Vamos colocar em prática conceitos como o autocontrole da saúde por meio das mais modernas práticas de telemedicina. Dessa forma, queremos incentivar novos hábitos e trazer um novo olhar para a qualidade de vida, tranquilizando os familiares e reduzindo o índice de internações desnecessárias”, comenta Abreu. Atualmente, cerca de 15% dos doentes crônicos no Brasil respondem por mais de 70% dos custos com assistência médico-hospitalar. “Boa parte dessas despesas poderia ser eliminada com a disseminação dessas soluções, o que contribuiria para termos uma população mais saudável e economicamente produtiva”, acrescenta.
A ação conta com patrocínio da Vivo, da Federação Internacional de Diabéticos, do Conselho Superior de Esportes da Espanha e do Comitê Olímpico Espanhol.
J.N.
Revista Apólice
