Ultima atualização 22 de maio

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Presidente da Generali tem o desafio de expandir a unidade brasileira

José Ribeiro assumiu o cargo há um ano e já organizou profundas mudanças na seguradora

Há um ano, José Ribeiro assumiu a presidência da Generali e iniciou um processo de mudanças profundas. Com queda na arrecadação fora do País, o desafio é tornar a filial tão grande quanto seus pares europeus.

APÓLICE: Em um ano, mudou muito a postura da Generali aqui no Brasil. Como foi essa mudança e quais são as diretrizes da empresa?

José Ribeiro: A Generali é a maior seguradora da Europa no ramo vida, a terceira maior em ramos elementares e a maiorem venda direta. Os rankings va­riam em função dos câmbios e como são medidos. A Generali deve ser a 5ª ou 6ª do ranking mundial. Mas a área que mais está crescendo é a de mercados emergentes e a seguradora resolveu dar um enfoque estratégico, que é aumentar a rentabilidade nos mercados onde ela está consolidada e crescer nos mercados emergentes.

 

APÓLICE: Como é esta estratégia?

José Ribeiro: Temos uma parceria feita na China, com a China National Pe­troleum Company (CNPC); na Índia, com um grupo varejista chamado Futura, onde a Generali já lançou projetos – incluindo microsseguros -, que hoje em dia estão muito badalados no Brasil; na Rússia, atra­vés da aquisição da PPP, maior grupo da Europa Central. Faltava investir no Brasil, um país onde estamos muito abaixo do nosso potencial. A Generali, nos últimos 10 anos, teve um flat line, a receita não cresceu e passou por deterioração dos resultados. Portanto, o mercado cresceu mais de dois dígitos por ano, mas a segu­radora não acompanhou.

 

APÓLICE: Agora é o momento de investir no Brasil?

José Ribeiro: O grupo resolveu fa­zer uma aposta no Brasil, que passa não só pelo reposicionamento da marca, mas por uma mudança radical na estratégia. O início foi a troca da equipe de gestão. Optamos por uma equipe extremamente experiente no mercado e estruturamos a empresa em três unidades de negócio: vida e benefícios, liderada por Valter Hime, seguros massificados, por Renato Pita, e grandes riscos, por Paul Conelly.

 

APÓLICE: Como a empresa está estru­turada para a distribuição?

José Ribeiro: Hoje operamos com quatro grandes canais, 14 sucursais pró­prias, basicamente situadas em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Para­ná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina e uma nova estrutura comercial. É uma estratégia de canal diferente do passado. Antes, criávamos sucursais próprias; hoje temos um modelo de franchising, no qual selecionamos a pessoa que achamos ter o melhor perfil nessa região e uma excelente relaçãocom os corretores, chamado Genac (Generali Apoio ao Corretor). Normal­mente, são pessoas do mercado segurador que fazem chegar aos corretores nossos produtos. Não há venda direta. Eles são representantes exclusivos.

 

APÓLICE: Quais são os outros canais de distribuição?

José Ribeiro: Estamos apostando em novos projetos e alguns deles incluem o microsseguro. Fechamos parceria de venda exclusiva de seguros com a ONG CDI (Comitê para Democratização da In­formática), que vai nos permitir chegar a várias centenas de milhares de consumi­dores, baseados em um conjunto de mais de sete mil lan houses em comunidades carentes em todo o Brasil. Nossa ideia é vender produtos de seguros adequados a esse mercado, usando essa infraestrutu­ra. Operamos em um canal de affinity, principalmente através de montadoras como Renault, Peugeot, Citroen, Hyun­dai e Mercedes. Todas com corretores de seguros.

Confira a entrevista completa na edição de maio (174).

Kelly Lubiato/ Revista Apólice

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