A Coface anunciou os resultados referentes ao 1º semestre de 2012. A companhia apresentou crescimento no volume de negócios, de 5,8%, incluindo aumento de 7,2% no core business de seguros. O crescimento da seguradora no Brasil foi de 15,2% (desconsiderando o efeito das apólices plurianuais). “Em um contexto econômico deteriorado, a Coface foi capaz de manter tanto seu crescimento quanto o suporte aos seus clientes por meio de um refinado gerenciamento de riscos. Nosso desempenho no primeiro semestre de 2012 confirma a relevância de nossa estratégia de redirecionar o foco no seguro de crédito,” declarou Jean-Marc Pillu, Executivo-Chefe da Coface.
1- Principais dados financeiros
2. Volume de negócios
O volume de negócios do Grupo Coface no primeiro semestre de 2012 atingiu €808 milhões. Este aumento de 5.8% comparado com o mesmo período do ano passado é novamente devido ao forte aumento (7.2%) do volume de negócios do core business de seguros. A melhoria da autonomia financeira do factoring resulta em uma redução temporária deliberada no financiamento deste negócio, o que explica a queda de 14.3% no lucro bancário líquido.
A Coface confirmou a expansão em mercados de grande potencial, com um crescimento de dois dígitos na Ásia e Pacífico (+22.7%), América Latina (+29.6%), América do Norte (+24.7%) e Europa Central (+14.4%). No total, estas quatro regiões respondem hoje por mais de 30% dos prêmios, comparados a 27% no primeiro semestre de 2011. Em seus mercados tradicionais, principalmente os europeus, o aumento no volume de negócios foi menos pronunciado devido a uma desaceleração na atividade das partes seguradas, principalmente na Europa do Norte, mas também na Europa Ocidental.
Em €M | Junho 2011 | Junho 2012 | Variação em % |
Europa Ocidental | 263 | 267 | 1.6% |
Europa do Norte | 219 | 209 | -4.8% |
Europa Central | 52 | 59 | 14.4% |
Mediterrâneo e África | 96 | 106 | 10.3% |
América do Norte | 48 | 59 | 24.7% |
América Latina | 35 | 45 | 29.6% |
Ásia e Pacífico | 50 | 62 | 22.7% |
Volume consolidado | 764 | 808 | 5.8% |
3. Resultados
O índice combinado para resseguros está sob controle. Ela está em 81.6% na primeira metade de 2012, comparada a 80.3% no primeiro semestre de 2011 e 85.4% na segunda metade de 2011.
Para atingir este resultado em um contexto de maiores índices de sinistralidade, a Coface continuou a refinar seu gerenciamento de risco, estabilizando seu índice de sinistralidade líquido em resseguros. Esta se manteve em 56.8% na primeira metade de 2012, comparado a 55.4% no primeiro semestre de 2011 e 58.8% na segunda metade de 2011.
Apesar disto, o total de recebíveis segurados aumentou 3% entre 30 de junho de 2011 e 30 de junho 2012, refletindo o contínuo apoio do Grupo Coface às suas partes seguradas.
Ao mesmo tempo, a Coface controlou estritamente seus custos e melhorou sua eficiência operacional, duas áreas-chave de seu plano “Forte Comprometimento”. A razão de custos caiu para 24.8% na primeira metade de 2012, comparado a 24.9% no primeiro semestre de 2011 e 26.6% na segunda metade de 2011.
Em um ambiente marcado pela crise da dívida na zona do euro, a política de investimento se manteve na defensiva. O portfolio de investimentos, apesar disto, gerou um lucro financeiro de €23 milhões, representando uma taxa descontada de retorno sobre os ativos de 3.8%.
O resultado operacional corrente está em €97 milhões, aumentando 25.8% (13.1% excluindo os custos da reestruturação do primeiro semestre de 2011).
O lucro líquido é de €68 milhões no primeiro semestre de 2012, subindo 22.5% (7.0% excluindo os custos da reestruturação do primeiro semestre de 2011).
4. Autonomia financeira
Durante o primeiro semestre de 2012, um programa de securitização foi lançado na Alemanha. Este projeto de €1.1 bilhão aumentou significativamente a contribuição do financiamento de mercado do factoring que cresceu de 13%, em 31 de dezembro de 2011, para 48%, em 30 de junho de 2012. A Coface irá continuar este plano para aumentar sua autonomia financeira durante a segunda metade de 2012.
5. Solidez financeira
O aumento no lucro líquido ajudou a fortalecer os ativos dos acionistas da Coface, que chegaram a €1.537 bilhões em 30 de junho de 2012 – aumento de 5% comparado a 31 de dezembro de 2011. A razão de endividamento permaneceu próxima a zero em 30 de junho de 2012 (0.1%).
As notas dadas à Coface pela Fitch (AA- com panorama estável) e pela Moody’s (A2 com um panorama estável) foram confirmadas, refletindo o perfil de solidez financeira do Grupo.
6. Panorama
O Grupo Coface continua a atender seus compromissos para um crescimento lucrativo e autônomo, como demonstrado pelo desempenho sólido na primeira metade do ano, a despeito do clima econômico difícil. Apesar da ameaça da crise continuar na Europa, o novo modelo da Coface irá manter a solidez financeira e o dinamismo comercial, para benefício de seus clientes.
G.F.
Revista Apólice