A Direct Insurance, seguradora israelense, procura um terceiro investidor para poder retomar projeto de iniciar operações no mercado brasileiro. O início dos negócios estava previsto para 2012, uma vez que o grupo de investidores já havia sido completado. Porém, os planos devem ser adiados, pois um dos apoiadores, a seguradora israelense Minorah desistiu da parceria.
“Com a crise financeira, a companhia perdeu muito dinheiro e saiu da operação”, justifica fonte próxima à Direct Insurance. Com isso, a seguradora ficou de mãos atadas. O Banco Mundial, o segundo investidor, que fará um aporte correspondente a 30% do capital previsto de R$ 400 milhões, exige a participação de três apoiadores.
Sem isso, os planos da companhia foram por água abaixo e as 13 pessoas contratadas em junho para tocar a operação foram demitidas em outubro. Restaram três executivos: Georges Regimbeau, presidente; Igino Mattos, diretor financeiro; e Marcelo Ursini, diretor de marketing.
Segundo uma fonte, há a possibilidade de esses executivos serem recontratados, pois todo o trabalho de seleção e preparação de capital humano já foi realizado, incluindo treinamento em Israel. “A seguradora já entrou com pedido na Superintendência de Seguros Privados (Susep), mas teve de parar o processo porque precisa da documentação quanto aos investidores”, diz.
O objetivo da Direct Insurance é comercializar seguros de automóvel, residência, vida e viagem pela internet no formato de venda direta, sem a intermediação de corretores. Como no Brasil, pelas regras da Susep, as seguradoras são obrigadas a recolherem o valor referente à corretagem, o intuito da israelense era repassar esta fatia a uma empresa do grupo, em um formato semelhante ao adotado pelos bancos que atuam no mercado brasileiro de seguros.
Aline Bronzati/ O Estado de S. Paulo
