A Coface Brasil apresentou oficialmente a sua nova presidente, Marcele Lemos. A “passagem do bastão” do presidente anterior, Joel Paillot, para a executiva aconteceu nesta quarta-feira (30), em São Paulo. Marcele exercia o cargo de diretora técnica da seguradora desde 2009. Paillot assumirá o cargo mundial de diretor Global de Riscos, em Paris. Os dois assumem oficialmente seus novos cargos a partir de 5 de dezembro.
Em 2011, a companhia já cresceu 17% e espera ampliar o crescimento para 20% no próximo ano. Inclusive, a Coface deverá instalar uma filial em na região sul do País em 2012 e no ano seguinte no interior paulista. O objetivo é disseminar a cultura do seguro de crédito entre os brasileiros.
Marcele afirmou que pretende dar continuidade as ações iniciadas por Paillot, como promover parcerias com corretores, bancos e outras seguradoras, para expandir os negócios. No caso da parceria com corretores, a ideia é mostrar o seguro de crédito para profissionais não especializados no segmento, mas que já trabalhem com clientes corporativos. “Em 2011, já alcançamos 300 corretores atuantes em outras áreas. De 10 especializados que tínhamos contato antes, agora já temos 40”, destacou a executiva.
Segundo Paillot, 50% das empresas clientes da Coface Brasil são de origem estrangeira e já trazem do exterior a cultura de adquirir seguro de crédito. “Queremos ampliar a parcela dos nossos clientes brasileiros, como as pequenas empresas, com prêmios de até R$ 30 mil”, explicou. De acordo com o executivo, a seguradora é capaz de atender a empresas de qualquer segmento, apesar de existir alguns setores com sinistralidade maior. Os setores têxtil, agro e cerâmica são alguns exemplos. Além disso, os executivos afirmam que podem atender tanto a demanda do mercado interno quanto para exportações. “Já sentimos aumento na demanda por exportações. Registramos 30% a mais de cotações para esse nicho”, exemplificou Marcele. No mercado interno, o destaque ficou para os setores de construção, metalurgia e siderurgia.
O presidente da Coface América Latina, Bart Pattyn, também esteve no evento e traçou um panorama do mercado internacional. Segundo ele, são duas situações distintas: a dos mercados europeu, norte-americano e japonês, que enfrentam várias turbulências (problemas com o euro, políticos e a recuperação do tsunami, respectivamente); e a dos países emergentes, como Brasil, México e América Latina em geral, que estão em um bom momento. “No México, o ponto forte é a economia doméstica. Já os países da América Latina estão exportando mais, desde matéria-prima a produtos já industrializados”, esclareceu Pattyn.
Foto: Bart Pattyn, Marcele Lemos e Joel Paillot
Jamille Niero
Revista Apólice