As empresas estão dando mais importância ao gerenciamento de riscos. É o que mostra a oitava edição anual do estudo “Excellence in Risk Management” realizada pela Marsh e RIMS no primeiro trimestre de 2011. Dos mais de 1.000 entrevistados, 80% afirmaram que as expectativas da liderança sênior em relação a seus departamentos de Gerenciamento de Riscos têm crescido ao longo dos últimos 3 anos. Segundo o estudo, eles também esperam que os gerentes de riscos atuem mais ativamente em Enterprise Risk Management (ERM) e em atividades de planejamento estratégico. Executivos do “C-suite” (nível sênior) acreditam que os gerentes de riscos assumirão um papel mais ativo na integração entre o Gerenciamento de Riscos da empresa como um todo com os seus objetivos estratégicos mais amplos.
Questionados em que áreas estas expectativas têm aumentado, 61% disseram que querem ver os Gerentes de Riscos se integrarem mais profundamente com as operações; 60% por cento disseram que os Gerentes de Riscos precisam executar as atividades do dia a dia de forma mais eficiente; 58% por cento disseram que os Gerentes de Riscos devem fazer mais para liderar as atividades de Gerenciamento de Riscos dentro da organização; 54% por cento disseram que os Gerentes de Riscos têm que fornecer uma melhor quantificação e análise do Gerenciamento de Riscos, desenvolver uma maior compreensão dos riscos não-seguráveis e aumentar seu envolvimento nos esforços de planejamento estratégico de negócios das organizações como um todo. Embora ambos os grupos tenham concordado que as empresas esperam que haja uma maior integração do Gerenciamento de Riscos em toda a organização, o estudo destaca algumas áreas de falta de “conexão” entre as opiniões dos “C-suite” e dos gerentes de riscos. A maioria dos gerentes e executivos do “C-suite” concorda que, durante os 3 anos de crise financeira, as expectativas em relação à função de Gerenciamento de Riscos cresceram, de acordo com o estudo. “Para os gerentes de riscos que podem não estar sentados no Comitê de Riscos da empresa, este é um momento oportuno para aproveitar as expectativas crescentes e estabelecer um papel estratégico relevante para si mesmos e para seus departamentos”, disse Brian C. Elowe, Managing Director da divisão global de gerenciamento de riscos da Marsh.
“Claramente, as oportunidades se apresentam para os Gerentes de Riscos para que se tornem líderes mais fortes dentro de suas organizações”, disse Carol Fox, diretora da prática de riscos estratégicos e empresariais do RIMS. “Os Gerentes de Riscos não precisam esperar por um convite. Ao invés disso, buscar oportunidades para o envolvimento em iniciativas estratégicas e promover uma colaboração mais estreita entre as funções que estão em “silos” demonstrará o valor do Gerenciamento de Riscos na promoção dos objetivos estratégicos e operacionais da organização, tal como esperado pelo “C-suite”.”
Ainda segundo o estudo, 60% dos entrevistados disseram que o uso de dados e análises tem mudado ao longo dos últimos três anos. As condições econômicas foram classificadas como o “risco número um” entre os entrevistados para 2011, e foram mencionadas como a área de riscos onde os entrevistados expressaram o maior desconforto sobre a capacidade de suas organizações para gerenciamento.
O número de entrevistados relatando possuir um comitê de riscos cross-functional aumentou significativamente durante o ano passado, passando de 47 por cento para 62 por cento. Apenas 30 por cento dos entrevistados, entretanto, descreveram seus comitês de riscos como “muito eficazes”. O fortalecimento do ERM e do treinamento/educação são as duas principais áreas focais para o desenvolvimento de capacidades de gerenciamento de riscos no ano que vem, citados por 53% e 52% dos entrevistados, respectivamente.
Aline Bronzati
Revista Apólice
