A Munich Re anunciou ao mercado no final desta terça-feira, 22 de março, que estima que as indenizações por conta do terremoto e tsunami no Japão somem 1,5 bilhão de euros (US$ 2,1 bilhões). A consequência direta, de acordo com o comunicado da companhia, é o fato de não ser possível manter a sua meta de lucro de 2,4 bilhões de euros para 2011. “Essa estimativa é de perda inicial. Devido à extensão da destruição, ainda há réplicas possíveis e difíceis operações de limpeza. Precisaremos de muitas semanas para que todos os prejuízos sejam avaliados e as notificações feitas”, ressaltou a resseguradora no texto.
Além disso, conforme a Munich Re, também resultam outras incertezas do impacto sobre os fluxos internacionais de bens e cadeias de abastecimento das interrupções de negócios sofridas pelas indústrias locais. “O terremoto não foi apenas o mais forte já registrado no Japão, mas o quarto mais intenso do mundo”, disse Torsten Jeworrek, CEO da Munich Re. “Isso torna evidente a extensão das perdas e do sofrimento. Nossa solidariedade total está direcionada ao povo japonês e aos nossos clientes”.
Segundo ele, a resseguradora continuará a ofertar sua capacidade aos seus clientes no Japão, apoiando-os para lidar com as perdas. Os contratos da companhia envolvem, principalmente, negócios comerciais.
Os três primeiros meses deste ano já foram marcados por grandes perdas para a Munich Re com o terremoto na Nova Zelândia, as enchentes em Brisbane e o ciclone Yasi, na Austrália. Incluindo as perdas projetadas a partir do terremoto e tsunami no Japão, o ônus do prejuízo de graves catástrofes naturais devem ultrapassar a casa dos 2,5 bilhões de euros, muito superior ao volume esperado para este período.
Aline Bronzati
Revista Apólice
