Ultima atualização 04 de outubro

Mais de 90% dos brasileiros utilizam no trabalho dispositivos comprados para uso pessoal

Notebooks, celulares, smartphones e outros dispositivos comprados para uso pessoal estão sendo utilizados nos locais de trabalho por 92% dos trabalhadores brasileiros que utilizam a tecnologia no seu dia-a-dia - os chamados iWorkers. Este dado é parte de um recente estudo mundial patrocinado pela Unisys Corporation e conduzido pelo International Data Corporation (IDC).
A pesquisa mostra como a chamada “consumerização de TI” - que significa como os equipamentos pessoais e as redes sociais, utilizadas pela sociedade de modo geral, estão ganhando espaço nos escritórios - pode afetar as organizações e seus funcionários.
O estudo foi realizado em duas fases. No Brasil, a primeira etapa contou com entrevistas a 301 trabalhadores, usuários de aparelhos existentes no mercado (celulares, smartphones, palms, laptops etc) e redes sociais (blogs, Twitter, Facebook etc), das seguintes cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Salvador e Fortaleza. As entrevistas fizeram parte de uma pesquisa global com 2820 funcionários de 10 países.
Os iWorkers brasileiros, assim como em outros países, disseram que estão investindo seu próprio dinheiro e tempo em avançados aparelhos de tecnologia e em aplicações web - tecnologias muitas vezes mais poderosas do que as utilizadas pelas organizações onde trabalham. Além disso, os brasileiros reconheceram utilizar estes recursos, indistintamente, tanto para o trabalho como para temas pessoais.
A segunda fase da pesquisa patrocinada pela Unisys entrevistou 100 executivos de diversas empresas localizadas no Brasil. Globalmente, o estudo entrevistou aproximadamente 650 líderes na área de TI em 10 países. Dados revelaram que as organizações no Brasil não estão integralmente conscientes a respeito de quais tecnologias seus funcionários estão utilizando durante o expediente de trabalho. Além disso, os executivos entrevistados demonstraram não integrar estas tecnologias de consumo em suas organizações.
“Esta pesquisa mostra-se importante porque pode ajudar as organizações a definirem melhor como lidar com o uso dos dispositivos de consumo e das novas aplicações web por seus funcionários”, diz Paulo Roberto Carvalho, diretor de negócios da área de Outsourcing e Serviços de Infraestrutura da Unisys Brasil e América Latina. “O número de funcionários que usam estas ferramentas está aumentando e as empresas podem - e devem - integrá-las de maneira que possam capitalizar estas inovações trazidas por seus funcionários”, afirma o executivo.

Diferenças entre funcionários e organizações
O estudo apontou que vários trabalhadores brasileiros, por exemplo, afirmam ter a autorização de suas empresas para acessar sites na Internet não relacionados ao trabalho, postar em blogs por razões pessoais e armazenar dados e arquivos pessoais nos computadores do trabalho durante o expediente, enquanto os executivos de TI entrevistados indicaram que estas atividades não são permitidas na mesma proporção dita pelos funcionários. “Esta diferença entre aquilo que os funcionários dizem ser permitido e o que as organizações realmente permitem, mostra que há mais atividades ocorrendo dentro das empresas do que estes executivos imaginam”, explica Carvalho.
Por exemplo, os trabalhadores brasileiros revelaram que estão utilizando notebooks, smartphones e celulares no local de trabalho mais do que o dobro acreditado pelas organizações: 55% dos trabalhadores brasileiros entrevistados afirmaram usar notebook próprio no trabalho, enquanto os executivos disseram que apenas 16% de seus trabalhadores utilizam este tipo de computador. Igualmente, os líderes de TI afirmaram que 10%, em média, de seus funcionários utilizam Blackberrys e smartphones semelhantes, enquanto 30% dos funcionários disseram utilizar este tipo de aparelho.

Brasileiros
De acordo com o estudo patrocinado pela Unisys, o uso dos dispositivos de consumo, como celulares, smartphones e notebooks, tanto para trabalho como para atividades pessoais, é maior no Brasil do que em outras regiões do mundo:
– 63% dos brasileiros utilizam celulares tanto para uso pessoal como para temas ligados ao trabalho. Nos Estados Unidos, este mesmo número é de 40%; na Europa é de 45%; e na Austrália/Nova Zelândia é de 42%.
– 25% dos iWorkers brasileiros utilizam Blackberry tanto para o trabalho como para temas pessoais. Nos Estados Unidos, este número é de 15%; na Europa é de 19% e na Austrália/Nova Zelândia é de 14%.

Além disso, a pesquisa “Consumerização de TI” mostrou que os brasileiros estão à frente de outras regiões do mundo no uso das chamadas redes sociais, tanto para atividades pessoais como para o trabalho:
– O Facebook e o My Space são usados por 15% dos brasileiros tanto para temas pessoais como para atividades ligadas ao trabalho. Nos Estados Unidos, este número cai para 3% e na Europa para 6%. Na Austrália/Nova Zelândia, este número é de 5%.
– No Brasil, 20% usam o Twitter para trabalho e questões pessoais. Nos Estados Unidos, Europa e Austrália/Nova Zelândia, apenas 3% utilizam para ambas as razões.
– A tecnologia VoIP, como o Skype, é amplamente usada pelos brasileiros também para questões pessoais e de trabalho: 32% dos iWorkers afirmaram utilizá-la. Nos Estados Unidos, apenas 7% utilizam este tipo de comunicação, enquanto na Europa este número é de 16% e na Austrália/Nova Zelândia é de 17%.
– 19% dos iWorkers brasileiros afirmaram acessar páginas de redes sociais ao menos uma vez ao dia para trabalhar enquanto 3% dos americanos, 7% dos europeus e 5% dos entrevistados da Austrália e Nova Zelândia indicaram utilizar estas ferramentas.
“Estas comparações com outras regiões do mundo mostram como estas tecnologias estão incorporadas ao dia a dia do brasileiro, especialmente daqueles que vivem nos grandes centros urbanos, e como eles se tornaram grandes usuários da tecnologia, tanto no trabalho, como em suas vidas particulares”, comenta Carvalho.
Segundo ele, esta tendência da consumerização de TI levanta importantes temas em relação ao suporte de TI, segurança de dados e rede, investimentos, entre outros.
A pesquisa também mostrou que os iWorkers brasileiros checam suas caixas de e-mail de qualquer lugar. Em alguns casos, muitas vezes, com mais intensidade do que os iWorkers de outras partes do mundo.
Por exemplo, 17% dos brasileiros disseram que acessam seus e-mails do trabalho quando estão em templos religiosos ? mais do que o dobro apontado nos Estados Unidos (7%), Europa (5%) e Austrália/Nova Zelândia (4%). Também 36% dos entrevistados no Brasil checam seus e-mails do trabalho quando estão em aviões ? quase o dobro dos australianos/neozelandeses (19%) e ultrapassando os europeus (24%) e os norte-americanos (22%),
Além disso, 21% dos iWorkers brasileiros disseram checar suas caixas de e-mail enquanto estão dirigindo carro ? mais uma vez, quase o dobro do número obtido na Austrália/Nova Zelândia (11%) e superando os 15% dos entrevistados nos Estados Unidos e Europa. Os resultados completos sobre a pesquisa “Consumerização de TI”, e outras informações estão disponíveis no blog http://blog.unisys.com.

J.N.
Revista Apólice

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