A nova instituição federal que vai atuar no setor de seguros pode funcionar como uma garantia ao mercado para períodos de turbulência internacional como ocorreu entre o final de 2008 e de 2009. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nas reuniões que ocorreram com o setor na semana passada, os representantes das grandes seguradoras mostraram grande disposição para ir ao mercado internacional a fim de firmar resseguros e fazer frente às necessidades do país. Ele lembrou que, há um ano, não havia crédito, nem mercado, e o governo é que teve de entrar.
Diante disso, a instituição seria um porto seguro para cenas conturbadas. “Se eles têm como suprir, acho ótimo. Porque quanto menos o Estado tiver que colocar seu dinheiro e se comprometer, melhor. Acho bom que o setor privado faça”, disse ao , lembrando que o mercado brasileiro de seguros hoje representa pouco mais de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo que o padrão internacional é 8%do produto.
Em conflito
Para Fernando Pereira, vice-presidente da corretora Aon, a criação da estatal teria um conflito de interesse, já que o governo asseguraria os riscos dele mesmo. O seguro de garantia de obras serve para dar certeza ao contratante (em alguns casos, o próprio governo) de que serão entregues no prazo e nas condições acordadas no contrato. “Se for para assegurar o próprio risco, basta não pedir garantia à construtora da obra”, critica Pereira, para quem a criação da seguradora estatal não tem sentido lógico nem financeiro, talvez apenas político.
Um segundo aspecto é o capital necessário para montar uma seguradora para atuar em grandes riscos, recursos que sairiam do bolso do contribuinte. A seguradora usa sua capacidade própria, o que ultrapassar vai para um ressegurador local, que leva o risco para os resseguradores do mundo inteiro subscreverem.
Por isso, diz, é preciso ver a capacidade mundial disponível de seguro, não só local.
Segundo Pereira, a capacidade mundial de seguro e resseguro para garantia é de US$ 10 bilhões, a mesma para riscos de engenharia. “Isso é o que pode ser subscrito de risco disponível para as duas linhas”.
Brasil Econômico
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