O rapper americano Kanye West abriu um processo de US$ 10 milhões contra o mercado de seguro e resseguro britânico Lloyd’s of London. A acusação do cantor é de que a companhia está atrasando o pagamento de indenização pelo cancelamento de sua turnê, ocorrido em novembro de 2016. O Lloyd’s estaria se recusando a liberar a quantia com o argumento de que o sinistro foi causado por “uso de maconha” e não esgotamento físico e mental.
West esteve estampado em manchetes durante a Saint Pablo Tour – especialmente depois de declarar apoio ao então candidato à presidência dos EUA, Donald Trump. Após um show decepcionante em Sacramento, no qual o artista abandonou o palco após apenas três músicas, os 21 shows que completariam a turnê foram cancelados e os valores dos ingressos reembolsados. West foi então hospitalizado por “exaustão”, passando oito dias em um centro psiquiátrico em Los Angeles.
Alegações
No processo, a empresa que cuidava da turnê, a Very Goog Touring, afirmou que eles não receberam “qualquer indicação [por parte da seguradora] de que seria feito algum tipo de pagamento ou posicionamento quanto às decisões de cobertura” e que a alegação de que West teria feito uso de maconha antes do cancelamento seria um argumento para o Lloyd’s não pagar as centenas de dólares em indenização. O advogado do cantor, Howard King, disse que a acusação de uso de drogas é uma “argumentação que não se sustenta”.
Consta ainda nas acusações que o Lloyd’s teria vazado informações confidenciais sobre Kanye West a tablóides, prejudicando o cantor, e que os próprios médicos escolhidos pela companhia de seguros afirmaram que as condições mentais de West o incapacitavam de continuar a turnê.
O Lloyd’s of London declarou apenas que a companhia não irá comentar o caso.
com informações: The Guardian
A.C.
Revista Apólice