A expectativa de valorização do real foi um dos fatores que colocou em compasso de espera os planos do fundo de private equity Bain Capital de vender sua fatia na operadora de planos de saúde NotreDame Intermédica. Quando comprou a empresa, a taxa de câmbio estava em R$ 2,30. Passados mais de três anos, o dólar está na casa de R$ 3,15. Com a aposta no real mais valorizado, a companhia espera conseguir obter rentabilidade de forma mais fácil com o ativo.
Não deu
Até mesmo porque o preço que a Bain queria pela NotreDame Intermédica, de cerca de R$ 10 bilhões, não animou investidores estratégicos nem outros fundos. A operadora estava em processo de dual track, ou seja, trabalhando ao mesmo tempo em um processo de fusão e aquisição ou de abertura de capital, em busca do maior valor. Foram várias rodadas de conversas: com fundos, incluindo, CVC e Temasek, e estratégicos, como a seguradora francesa Axa e até mesmo a Hapvida, outra entre as brasileiras que pretende listar suas ações na bolsa. Procurada, a NotreDame Intermédica não comentou.
Fonte: Broadcast, Estadão