O fundo de resseguro antiterrorismo britânico, avaliado em US$ 7,3 bilhões, espera estender suas coberturas aos cyber attacks na área de property, afirmou Julian Enoizi, CEO do fundo.
O Pool Reinsurance Co Ltd, estabelecido em 1993, age como um reforço às seguradoras, indenizando sinistros e danos causados à propriedade e também a interrupção dos negócios.
Ele é financiado pela indústria de seguros com apoio do governo. Os pagamentos dependem do estado britânico reconhecer um ataque como relacionado ao terrorismo, afirma Enoizi.
Em 2002, após os ataques de 11 de setembro nos EUA, o Pool Re estendeu sua cobertura para incluir ataques químicos e biológicos.
Houve diversos ataques cibernéticos na carteira de property nos últimos anos. Em 2014, uma usina siderúrgica alemã sofreu danos à sua rede devidos a um ataque cibernético.
Enoizi afirmou à Reuters que esse e outros incidentes foram descartados como ataques terroristas. Mas, mesmo assim, o fundo tem que estar preparado. “O seguro existe par ao inimaginável – nós estamos aqui para fazer seguro para o imprevisto”, afirma.
Adição de riscos cibernéticos
O fundo tem discutido com o governo e o mercado de seguros local, e espera adicionar os riscos cibernéticos às suas coberturas nos próximos meses.
O CEO afirmou ainda que qualquer aumento nos custos do prêmio para as empresas por adicionar essa cobertura seria acompanhado por descontos para a implantação de políticas de segurança cibernéticas apoiadas pelo governo.
A maioria das apólices de cyber é relacionada com perdas de dados, muito mais do que com ataques às propriedades. “Vemos isso como um gap de cobertura”, afirma Enoizi.
Ataques cibernéticos em propriedades preocupam empresários e seguradores. Isso inclui ataques a prédios na Finlândia no último ano. Eles atingiram o sistema de aquecimento desses locais em meio a temperaturas de congelar no país. Mas esse ataque também não foi classificado como ato de terrorismo.
Fonte: Reuters
A.C.
Revista Apólice
