A Liberty Seguros apoia o debate com a socióloga holandesa Saskia Sassen na abertura da Virada Sustentável 2015, evento que será realizado de 26 a 30 de agosto em São Paulo. A apresentação da executiva é uma iniciativa da seguradora em parceria com o Fronteiras do Pensamento e o Itaú Cultural e terá entrada franca.
“Ao longo de trinta anos, houve perda de renda de metade da população mundial e tamanha concentração no topo que simplesmente chegamos ao limite. É a explosão disso que estamos vendo agora nas nossas cidades”, afirma a socióloga, eleita uma das mais influentes pensadoras mundiais na área da sociologia urbana por suas análises sobre globalização, migração urbana e impacto das tecnologias de comunicação nas formas de governo. Sassen popularizou o termo “cidades globais” – aquelas que estão no topo da hierarquia urbana e no controle da economia e da informação mundiais, uma das ideias que darão o tom ao debate.
A iniciativa tem o objetivo de contribuir com o desenvolvimento social do País, discutindo assuntos relevantes em consenso com o espírito da Virada Sustentável: o de pensar melhorias na qualidade de vida e alternativas para a mobilidade urbana e outros temas da sustentabilidade. Os ingressos gratuitos para o debate serão disponibilizados ao público com uma hora e meia de antecedência, diretamente no local do evento (Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer. Informações: 4020-2050).
O debate com Saskia Sassen e a pauta “Cidades”
Mediado pela economista Ana Carla Fonseca, assessora em economia criativa para a Organização das Nações Unidas (ONU), o debate com Saskia Sassen também vai contar com a participação do secretário municipal de Cultura de São Paulo, Nabil Bonduki, doutor em estruturas ambientais urbanas pela Universidade de São Paulo (USP) e relator do Plano Diretor da cidade.
Na pauta do evento, o tema “Cidades”: Saskia Sassen entende que as “cidades globais” estão mudando a geografia do poder, com a intensificação das transações entre elas, sobretudo através dos mercados financeiros, de investimentos e de fluxos de serviços. E que, ao mesmo tempo, devem ser foco de estudos, pois são também o local onde minorias e vulneráveis encontram espaço para os seus projetos de vida. De acordo com ela, é preciso entender como as pessoas que são expulsas do interior, ou de pequenas cidades, encontram na cidade global o lugar que lhes resta para viver, mesmo que dormindo nas ruas.
L.S.
Revista Apólice