Para 38% das empresas em todo o mundo, o final da crise econômica ocorrerá no primeiro semestre de 2010, sendo que a percentagem sobe para 60% quando se estende o período até final do próximo ano. A China se apresenta como o país mais otimista, com 58% das empresas prevendo o final da crise até ao término do primeiro semestre de 2010, seguida pela Dinamarca (53%) e a Polônia (52%). O mercado mais pessimista é o da Irlanda (19%), seguido da Bélgica e de Espanha (23%).
As conclusões fazem parte do ?Economic Crisis Survey? apresentado em Portugal pela Crédito y Caución e elaborado a partir de mais de 3.500 entrevistas realizadas em 20 mercados da Europa, América do Norte, Ásia e Australia. Apesar destas expectativas e no curto prazo, as empresas revelam uma grande preocupação sobre a evolução das insolvências.
Durante a crise, a maioria dos mercados tem registado uma tendência crescente de recurso ao seguro de crédito. Para além disso, mais de 50% das empresas aumentou a frequência de análise da solvência dos seus clientes.
Adicionalmente, as empresas estão prestando mais atenção às vendas e aos custos. A procura de novos mercados, canais de venda de produtos e um maior enfoque no serviço ao cliente são elementos essenciais para a continuidade dos negócios, assim como para o acesso ao financiamento.
Na maioria dos países, as empresas consideram que as medidas adotadas pelo setor público para estimular a economia tiveram um impacto limitado. Em 17 dos 20 mercados analisados, mais de 40% das empresas afirma não ter sentido qualquer efeito direto dessas iniciativas. Em metade dos países considerados, mais de 10% dos entrevistados não tem sequer consciência que tenha sido adotada qualquer tipo de medida. A principal reivindicação a esse respeito incide na introdução de mais cortes ou incentivos fiscais e na redução das taxas de juro.
Durante a recessão, a liquidez das empresas foi afetada, em diferentes graus, por diferentes fatores. Os que mais influenciaram os fluxos de caixa das empresas são a evolução do acesso ao financiamento bancário, a disponibilidade de crédito por parte dos fornecedores e o número de clientes. Para aumentar a liquidez, as empresas têm, sobretudo, apostado nas vendas a pronto-pagamento, no ajuste dos prazos de pagamento dos clientes e na disponibilidade do seguro de crédito.
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