A Aon anunciou a ampliação de sua atuação em modelagem de riscos catastróficos na América Latina com a adoção do Oasis Loss Modeling Framework (Oasis LMF). A iniciativa, conduzida pela equipe de Impact Forecasting, passa a disponibilizar aos clientes modelos de catástrofes desenvolvidos pela ERN (Evaluación de Riesgos Naturales), reforçando o uso de soluções de código aberto para análise de riscos na região.
A América Latina tem se tornado estratégica para (re)seguradoras que buscam diversificação de portfólio. Apesar da exposição a riscos climáticos, o perfil de catástrofes da região, marcado pela maior incidência de terremotos em relação a furacões, oferece um equilíbrio relevante para carteiras globais.
Com a implementação, o Oasis LMF passa a suportar um conjunto ampliado de modelos regionais da ERN dentro da plataforma ELEMENTS, do Impact Forecasting. A iniciativa se soma a outros modelos já disponíveis no framework, como tempestades de vento e tempestades convectivas severas na Europa, enchentes no Canadá, Europa e Tailândia, além do modelo de explosão de Manhattan.
A adoção do Oasis reforça o posicionamento da Aon em favor da transparência e da democratização da modelagem de catástrofes, ampliando alternativas além dos fornecedores tradicionais. Em um contexto de maior volatilidade climática e exigências regulatórias crescentes, a abordagem permite que seguradoras e resseguradoras tenham maior controle sobre seus modelos de risco, com capacidade de customização para análises mais precisas de capital, precificação e exposição.
O Impact Forecasting atua tanto como provedor de modelos quanto de tecnologia. Por meio da plataforma ELEMENTS, os usuários podem acessar modelos próprios da Aon e integrar soluções de terceiros em um mesmo fluxo de trabalho, permitindo comparar, combinar e avaliar diferentes cenários de risco de forma integrada.
“A Aon reconhece que os clientes precisam acessar dados e modelos de catástrofes por meio de seus sistemas e plataformas preferidos. Com nossa colaboração com o Oasis LMF e conversas positivas com fornecedores de software e modelos, seguimos buscando as melhores soluções e ampliando a gama de modelos que oferecemos para ajudar nossos clientes a quantificar riscos de catástrofes”, afirma Adam Podlaha, líder global de Impact Forecasting da Aon. Segundo ele, a estratégia reflete o compromisso da companhia com inovação, transparência e capacitação dos clientes na gestão de riscos.
Paula Ferreira, CEO de Resseguros para a América Latina na Aon, destaca que os novos modelos ampliam a capacidade de análise em um mercado com oportunidades relevantes. “Riscos emergentes e áreas de subseguro estão impulsionando oportunidades de crescimento lucrativo para nossos clientes na América Latina, mas para aproveitá-las, as (re)seguradoras precisam compreender claramente suas potenciais exposições. Esses modelos adicionais da ERN nos permitem fornecer avaliações mais precisas e soluções personalizadas”, afirma.
A plataforma também permite que seguradoras ajustem os modelos às suas próprias exposições, utilizando dados internos de sinistros para refinar funções de dano e vulnerabilidade. Além disso, os usuários podem acessar dados de eventos e riscos diretamente nos modelos, ampliando a compreensão sobre seus componentes e fortalecendo a confiança nos resultados das análises.
O compromisso da Aon com a modelagem aberta se estende ainda a iniciativas de redução de riscos de desastres e financiamento de riscos para o setor público e corporativo. A empresa é membro fundador do Insurance Development Forum e já contribuiu com cenários de uso gratuito no Oasis LMF, além de apoiar projetos de modelagem multiperigos em países como Vietnã e Nepal.




