Ultima atualização 08 de dezembro

Como equipes intergeracionais fortalecem a cultura e os resultados das empresa

Neste artigo, Ana Paula Costa, Gerente Sênior de RH na Avla Brasil, aborda como equipes intergeracionais fortalecem a cultura e potencializam resultados nas empresas
Ana Paula Costa
Ana Paula Costa

A convivência entre diferentes gerações no ambiente de trabalho já não é uma tendência, mas uma realidade. Hoje, Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z compartilham o mesmo espaço, cada qual trazendo consigo valores, experiências e expectativas distintas. Longe de ser um desafio, essa diferença de grupos é uma oportunidade poderosa para fortalecer tanto a cultura organizacional quanto os resultados de negócios.

Uma das principais forças das equipes intergeracionais está na combinação entre experiência e inovação. Profissionais mais seniores, tendem a oferecer bagagem histórica, visão estratégica e capacidade de enfrentar cenários complexos, enquanto os mais jovens com frequência chegam com repertório tecnológico, criatividade e abertura para novos modelos de trabalho. Esse encontro de perspectivas resulta em soluções mais completas e eficazes para os desafios empresariais.

Há ainda um impacto direto na compreensão do mercado e na adaptação a mudanças. Enquanto as gerações mais novas captam tendências emergentes e mudanças de comportamento do consumidor, os profissionais mais experientes ajudam a contextualizar essas transformações com uma visão de longo prazo. Esse completo torna as empresas mais ágeis e resilientes mesmo em um ambiente de incerteza.

De acordo com a Robert Half (2024), 66% dos profissionais em busca de recolocação identificam a discriminação etária como o principal desafio para retornar ao mercado. O mesmo estudo revela que 77% das empresas ainda não têm iniciativas estruturadas de diversidade geracional, e que em uma a cada quatro organizações os profissionais 50+ representam apenas 5% da força de trabalho, um percentual bastante inferior à proporção desse grupo na população economicamente ativa, que é de cerca de 41%. Em resumo, através dos dados é possível identificar que, embora os benefícios sejam claros em relação a grupos plurais, ainda existe um caminho longo de amadurecimento na gestão da diversidade etária no Brasil.

Superar esse cenário exige ações intencionais. Políticas anti-etarismo claras, processos de recrutamento baseados em competências, planos de desenvolvimento personalizados e programas de mentoria reversa são exemplos de iniciativas que não apenas reduzem vieses, mas também ampliam a performance das equipes. Além disso, a valorização da pluralidade geracional melhora o clima organizacional, fortalece vínculos e aumenta a retenção de talentos, refletindo diretamente em ganhos financeiros e maior competitividade para as empresas.

*Por Ana Paula Costa é Gerente Sênior de RH na Avla Brasil.

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