Mais do que um instrumento de proteção financeira, o seguro de vida coletivo pode assumir um papel estratégico na promoção da saúde mental dos colaboradores. Tradicionalmente associado à morte ou à invalidez, o produto vem ganhando uma nova perspectiva: a de ferramenta de amparo emocional, capaz de mitigar um dos gatilhos silenciosos do adoecimento psíquico: o medo do futuro.
Uma pesquisa da fintech Onze revela que, para 49% dos brasileiros, o dinheiro é a principal fonte de preocupação. Entre eles, 61% afirmam não ter reservas para emergências. Diante desse cenário, benefícios corporativos focados em proteção ganham relevância nas políticas de bem-estar, atuando como ferramentas para mitigar fatores psicossociais que impactam a saúde dos trabalhadores, como propõe a nova redação da NR-1.
Embora os benefícios financeiros não estejam diretamente contemplados nos critérios de implementação da norma, a atualização da NR-1 tem provocado reflexões importantes: como promover um ambiente de trabalho verdadeiramente seguro, considerando que os imprevistos financeiros também comprometem o bem-estar dos colaboradores? É nesse contexto que soluções como o seguro de vida coletivo passam a ter papel de destaque.
“A estabilidade financeira em momentos críticos é muitas vezes negligenciada, mas é decisiva para a preservação da saúde mental. Quando as empresas oferecem esse tipo de proteção, contribuem diretamente para a construção de um ambiente emocionalmente mais seguro e psicologicamente saudável”, afirma Marcell Guimarães, diretor de vendas da Omint Saúde.
O seguro de vida coletivo se posiciona como uma camada adicional de proteção, oferecendo suporte financeiro em situações críticas, como doenças graves, invalidez ou falecimento. Mais do que um benefício corporativo, ele representa um gesto de cuidado que vai além do ambiente profissional, proporcionando tranquilidade e segurança também à família do colaborador.
Do ponto de vista organizacional, o benefício contribui para fortalecer uma cultura de bem-estar, gerando reflexos positivos na retenção de talentos, no engajamento das equipes e na reputação da empresa. “A NR-1 não exige diretamente que as empresas ofereçam esse tipo de cobertura. No entanto, ao ampliar o olhar para os riscos psicossociais, ela abre espaço para uma abordagem mais integrada, em que o cuidado vai além do físico e abrange também os aspectos financeiro e emocional”, destaca o executivo.