Ultima atualização 13 de janeiro

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Lei do Bem impulsiona a inovação no mercado de seguros

Entenda como a Lei do Bem contribui com a inovação nas companhias de seguros e ainda pode gerar redução do imposto devido

EXCLUSIVO – A Lei do Bem, sancionada em 2005, oferece incentivos fiscais às empresas que aplicam recursos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PDI). Essa legislação se apresenta como uma ferramenta estratégica para impulsionar a modernização.

O benefício tributário varia de 20% a 36% do valor investido em PDI, com a porcentagem de retorno sendo proporcional à alíquota aplicada. Para as seguradoras, a vantagem pode chegar até 36%, resultando em uma significativa redução no imposto de renda, podendo, em alguns casos, até mesmo zerá-lo.

Esses incentivos ao desenvolvimento e à inovação possibilitam que as seguradoras reinvistam os recursos economizados em novas soluções tecnológicas, como big data, inteligência artificial e blockchain, essenciais para melhorar a oferta de produtos e otimizar processos internos. Ao mesmo tempo, a economia gerada com a redução das tarifas fortalece ainda mais os projetos inovadores da empresa.

“É um conceito pouco disseminado”, explica Fabrizio Gammino, CEO da GT Group, entidade especializada na captação de incentivos fiscais e financeiros para investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação, com expertise comprovada na Lei do Bem.

Uma pesquisa recente realizada pela GT Group, intitulada “Panorama da Lei do Bem 2024”, apontou os setores que mais se beneficiaram da Lei do Bem em 2022. O mercado de seguros subiu duas posições no ranking e alcançou o terceiro lugar em termos de investimentos totais em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI), com R$133 milhões aplicados. O investimento médio foi de R$66 milhões por empresa, de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o que posiciona o setor como o de maior valor médio de investimento em inovação no Brasil.

As expectativas são de que o aporte em PDI, principalmente em inteligência artificial, aumente e se consolide nas seguradoras. “O nível de investimento vai se manter alto”, afirma Fabrizio.

“O que dá para antecipar é que a IA já é uma realidade na prevenção de fraudes, riscos e até na prototipação de produtos. Isso já estamos vendo acontecer”, complementa.

Entretanto, a tendência é que o uso dessa legislação permaneça estável, não atingindo as companhias de menor porte devido ao desconhecimento deste benefício, ou seja, as empresas que já o conhecem continuarão usando, aumentando gradativamente o valor aplicado em PDI. .

“Seria mentira falar que existe uma tendência. A verdade é que, das 150 seguradoras, são as mesmas que fazem o uso. Destas, 95 nunca aplicaram o benefício. Isso é fato”, conclui o CEO.

Lucas Monteiro

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