A Aon plc (NYSE: AON), líder global em serviços profissionais, revela em seu mais recente Global Catastrophe Recap Report, que os desastres naturais em todo o mundo resultaram em perdas econômicas superiores a US$ 117 bilhões no primeiro semestre deste ano, uma redução em relação à média do século XXI de US$ 137 bilhões e significativamente inferior às perdas registradas no mesmo período de 2023 (US$ 226 bilhões).
No Brasil, o relatório ressalta os eventos catastróficos significativos que impactaram o país, com destaque para as enchentes no estado do Rio Grande do Sul. Entre 28 de abril e 3 de maio de 2024, a precipitação histórica que atingiu o estado, incluindo a região metropolitana de Porto Alegre, resultou em perdas econômicas estimadas em US$ 2,45 bilhões. Esses eventos trouxeram à tona a vulnerabilidade das infraestruturas locais e a necessidade de investimentos em medidas de proteção contra enchentes.
No primeiro semestre de 2024, a brecha de cobertura de seguros reduziu para 50%, cerca de 59 bilhões de dólares, uma das mais baixas já registradas, resultado dos altos níveis de pagamento de seguros para danos causados por tempestades severas. Isabel Blazquez Solano, CEO de Resseguros da Aon no Brasil, comentou:
“É encorajador ver uma redução na lacuna de proteção global, no entanto, é crucial que a indústria de seguros continue seus esforços para aumentar os níveis de seguros nos mercados emergentes, fornecendo não apenas capital e capacidade, mas também dados e análises avançadas para qualificar e quantificar o risco e, em última instância, tomar melhores decisões.”
O relatório também mostra que, globalmente, as perdas econômicas seguradas no primeiro semestre de 2024 foram de, pelo menos, US$ 58 bilhões. Esse valor segurado está acima da média do século XXI de US$ 39 bilhões, mas abaixo dos últimos três anos, onde as perdas seguradas no primeiro semestre ultrapassaram US$ 60 bilhões. O total de fatalidades devido a eventos catastróficos naturais foi estimado em mais de 6.000, significativamente abaixo das médias de longo prazo e o menor desde 2020.