As instabilidades trazidas pela pandemia deixaram para trás impactos econômicos e comerciais enfrentados por todo o ecossistema corporativo até os dias de hoje, contudo, alguns ramos de mercado lidam com consequências mais expressivas, a exemplo do setor automobilístico. Durante a crise sanitária, a redução na oferta dos automóveis acarretou um aumento no valor dos veículos novos, seminovos e usados. Consequentemente, a precificação do seguro também subiu, levando muitas empresas a romperem os contratos das apólices dos seus seguros, mesmo sabendo que ficar sem a cobertura é um risco que pode sair bem mais caro do que os atuais reajustes.
De acordo com o superintendente de Transporte, Aeronáutico, Frota e Cascos Marítimos da MDS Brasil, Rodrigo Fugishima, para que os clientes não abandonassem seus seguros, as companhias passaram a trabalhar com prêmios menores do que os realmente necessários diante dos riscos eminentes. “A consequência disso foi uma sinistralidade elevada, nunca antes vista nas carteiras das seguradoras”, afirma o executivo.
A tendência é de mudança e retomada da estabilidade, entretanto, essa previsão não se aplica ao curto prazo. “Vai levar no mínimo um ano para que este setor volte à normalidade, com uma freada no aumento do valor dos automóveis”, prevê o executivo. A explicação para a alta atual está na escassez de determinadas peças e componentes no mercado: atualmente, a cada cinco itens disponibilizados, quatro são destinadas à linhas de montagem, e apenas uma à linha de reposição. “E se falta peça de reposição para a linha de montagem do veículo, o cenário é ainda mais crítico em lojas e concessionárias”, salienta Fugishima.
Atualmente, essa lógica aumenta o custo das franquias, eleva os valores da Tabela Fipe e, naturalmente, dispara o valor dos prêmios, com um aumento em torno de 50 a 60%. O resultado dessa equação é um sinistro médio com um custo muito maior.
Seguro Frota como salvaguarda
Apesar desse cenário, abrir mão da contratação de um Seguro Frota é uma manobra arriscada para as empresas, afinal, ao abdicar da solução, o segurado deixa de contar com toda a proteção em caso de acidentes e perde a possibilidade de gerir os veículos em uma mesma apólice e sob as mesmas condições. “Na verdade, diante dessa conjuntura, o Seguro Frota passa a ser uma ferramenta ainda mais essencial, pois, além de agregar coberturas para aumentar a vida útil e a segurança dos veículos corporativos, a modalidade engloba mais automóveis em uma única apólice e, por isso, viabiliza negociações e formas de pagamento diferenciadas”, argumenta o especialista.
A gestão de apólice é outro grande diferencial da solução. “Ao unificar todos os veículos em um mesmo contrato de seguro, o beneficiário passa a ter uma visão simplificada das vantagens e coberturas contratadas, o que é muito mais eficaz do que ter diversos veículos alocados em seguradoras e tarifas diferentes”, detalha Fugishima. A negociação do produto também é individualizada de acordo com o segmento, o porte e as necessidades das frotas.
N.F.
Revista Apólice