A expansão da Justos acompanha o crescimento das insurtechs no Brasil. Segundo dados do estudo Latam Insurtech Journey, o país é líder na América Latina neste segmento, atingindo a marca de 32% de participação, que é representada por 129 insurtechs. O Brasil gera, atualmente, 57% do investimento total do setor no continente.
A startup fundada pelo indiano Dhaval Chadha (CEO), pelo mexicano Jorge Soto (CTO) e pelo espanhol Antonio Molins, (Chief Scientist) expande ainda mais e após chegar em todo o interior de São Paulo, Paraná e Florianópolis, atinge Porto Alegre. A empresa surgiu com a união dos três sócios, que se conheceram no Vale do Silício e tiveram cargos de liderança na Classpass, Netflix e Airbnb e se graduaram em Harvard, Yale e MIT.
Com uma experiência de mais de 25 anos no Vale do Silício, eles já levantaram mais de US$ 50 milhões em suas empreitadas. Através dessa união, a insurtech nasce com o objetivo de democratizar o acesso ao seguro auto no Brasil e precificar de maneira mais justa os motoristas. A maioria das seguradoras estabelece o valor do seguro de acordo com o gênero e idade do motorista que vai dirigir o carro, mas, na startup, o comportamento do motorista na direção tem um peso de um terço do valor.
Agora em expansão, Alan Leal, VP de Operações da Justos, explica: “Com o processo de ampliação, encontramos e firmamos acordos com oficinas nos grandes centros que suportarão os nossos clientes em caso de sinistro, sempre avaliando o padrão para termos qualidade no serviço. Definimos a precificação do estado e liberamos as regiões dentro do nosso aplicativo para conseguirem fazer a contratação”.
Para obter o seguro, é simples, basta baixar o aplicativo da Justos, cadastrar-se e começar a dirigir. É necessário realizar o teste de direção e percorrer 80 km para que seja avaliado a direção de cada cliente. Os dados são colhidos pela tecnologia de telemetria, que consegue analisar alguns comportamentos do motorista como velocidade, aceleração, frenagem, se a pessoa mexe no celular enquanto dirige e se faz curvas de forma leve. A partir das informações coletadas, o avançado algoritmo da startup atribui uma nota para cada motorista. Com isso, a Justos consegue oferecer preços até 30% mais baratos do que o mercado para motoristas conscientes.
“O nosso grande diferencial é conseguir precificar de forma justa certos tipos de segmentos, como pessoas jovens que dirigem bem”, ressalta Dhaval Chadha, CEO da startup. “Aqui não olhamos apenas o ano do carro que será segurado, mas, principalmente, queremos entender como esse motorista se comporta no trânsito”, declara o executivo.
Hoje, a Justos possui uma equipe com 73 profissionais que estão localizados em lugares diversos, como Brasil, Argentina, Canadá, Colômbia, Espanha, Portugal, República Dominicana e Moçambique, mas pretendem chegar a 100 profissionais.
N.F.
Revista Apólice