Ultima atualização 11 de outubro

CNseg analisa sinais de moderação na atividade econômica no 2º semestre

O Boletim de Acompanhamento das Expectativas Econômicas apontou um quadro menos favorável nos primeiros indicadores de atividade para o mês de agosto

A edição nº 221 do Boletim de Acompanhamento das Expectativas Econômicas (AEE) da CNseg, divulgado nesta semana, apontou um quadro menos favorável nos primeiros indicadores de atividade para o mês de agosto, na comparação com os divulgados em junho e julho, dando alguma força ao prognóstico de uma possível desaceleração da economia no segundo semestre.

A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física do IBGE (PIM-PF) mostrou que a produção industrial caiu 0,6% em agosto, ante julho, e as vendas no comércio varejista, até agosto, apresentaram taxa negativa pelo quarto mês consecutivo, apesar de, na comparação com agosto de 2021, ter havido alta de 1,6%.

Assim, as projeções para o crescimento da economia este ano pararam de ser elevadas após várias semanas de aumentos, ainda que, para 2023, a projeção mediana tenha aumentado levemente, de 0,53% para 0,54%.

“Nesse contexto, as projeções para a taxa Selic permanecem estáveis, há várias semanas, em 13,75%, para o final de 2022, e 11,25%, para o final de 2023, apesar do aumento da dispersão das projeções para o ano que vem, denotando algum recrudescimento das incertezas para o cenário”, afirmou o economista Pedro Simões, da CNseg.

O dólar, que rondava os R$ 5,40 antes do primeiro turno das eleições presidenciais, caiu a R$ 5,21 na última sexta-feira, 7/10. A explicação recorrente para esse movimento é que a eleição de um congresso visto como mais reformista e a realização de um segundo turno, independentemente de quem vença, são fatores que ampliam o espaço para mais discussões sobre a condução da política econômica nos próximos anos, o que tende a reduzir a incerteza.

Além disso, vale lembrar que o Real foi uma das moedas emergente que mais perdeu valor nos últimos anos e que, portanto, “há gordura a queimar” no atual movimento de apreciação. Assim, as projeções para a taxa de câmbio permanecem ancoradas em R$/US$5,20, tanto para o final deste, quanto do próximo ano. Em uma semana marcada por feriados, no exterior e no Brasil, as atenções devem estar voltadas para dois importantes indicadores: o IPCA de setembro, divulgado hoje, 11/10, e a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de agosto, na sexta-feira, 14/10.

N.F.
Revista Apólice

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