EXCLUSIVO – Com o final do ano se aproximando, chegam também aqueles gastos inesperados ou que não fazem parte das contas mensais, como as compras da Black Friday, presentes de natal, confraternizações, férias. Além disso, logo após o ano novo já começam chegar diversos impostos, como o IPTU e o IPVA, o que faz com que muitas pessoas tenham o orçamento sobrecarregado. De acordo com uma pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), 7 em cada 10 brasileiros estão endividados.
Esta modalidade de seguro garante a quitação ou pagamento parcial de uma dívida ou de planos de financiamento do segurado no caso de sua morte, invalidez ou mesmo desemprego involuntário. Ou seja, o produto não só oferece maior tranquilidade para o segurado, que terá suas dívidas quitadas, mas também proteção para as empresas que operam com crédito.
“O produto proporciona aos segurados, especialmente das classes emergentes, resiliência financeira para contar com mais tranquilidade para suas programações financeiras. Em caso de imprevistos, ainda mais em momentos de turbulência econômica como o que temos enfrentando, o seguro evita a inadimplência e, consequentemente, restrições para futuros créditos”, afirma Juliana Capuchinho, diretora comercial de Parcerias da AXA no Brasil.
O seguro prestamista teve crescimento de 11% de janeiro a setembro de 2021 em comparação ao mesmo período no ano passado, segundo dados da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras). A seguradora Zurich registrou um aumento de 27% na carteira entre janeiro e setembro. “Na medida em que o produto for mais conhecido, cada vez mais o mercado crescerá, já que as pessoas terão consciência sobre o seu valor. Some-se a isso outro aspecto que tem grande peso na cultura do Brasil: o crédito. Estando adimplente, o segurado tem acesso às linhas de crédito e, consequentemente, mantém-se apto a adquirir produtos e serviços, fazendo, assim, girar a roda da economia”, diz Luis Reis, diretor executivo de Parcerias da companhia.
Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os empréstimos consignados tiveram uma alta de 15% no primeiro bimestre de 2021 se comparado com o mesmo período de 2020, antes da pandemia. Entre janeiro e julho do ano passado, durante a primeira onda da Covid-19 no país, esse aumento foi ainda maior: 27,6%.
Para Renato Pedroso, CEO da Previsul, as instituições financeiras também foram impactadas pelos efeitos da pandemia, não somente pelo aumento da inadimplência, mas, também, pelo aumento da taxa de mortalidade, o que está diretamente ligado ao seguro prestamista. “Entre março de 2020 e fevereiro de 2021, quase 1,5 milhão de óbitos foram registrados no Brasil, totalizando 355 mil a mais do que a média histórica. Esse fator certamente passará a ser levado em conta pelas financeiras no momento da concessão de crédito, fazendo com que a contratação do seguro seja incentivada mediante oferta de taxas diferenciadas para quem optar por contratar uma apólice”.
Rodrigo Borges, superintendente Comercial Vida, Previdência e Ramos Elementares na Seguros Unimed, ressalta a importância dos corretores na identificação de oportunidades nas operações de crédito para que possa ser feita a oferta do seguro prestamista. “A proteção financeira ajuda a atrair e fidelizar mais clientes. De uma forma geral, notamos um movimento importante de valorização do seguro no Brasil, apesar de estarmos bem aquém da cultura de países europeus e dos Estados Unidos. Em um período de perda de renda e de entes queridos, por parte da população, o seguro passa a ser visto como fundamental para composição de um bom planejamento financeiro familiar. Conforme as coisas forem melhorando do ponto de vista econômico, entendemos que mais pessoas irão aderir a esse tipo de proteção financeira”.