EXCLUSIVO – Com o objetivo de promover ações educacionais gratuitas e disseminar a educação financeira, previdenciária, de seguros e fiscal, a Susep (Superintendência de Seguros Privados) participa da sétima edição da Semana Nacional de Educação Financeira, que acontece entre os dias 23 e 29 de novembro. A entidade quer mostrar a importância do seguro como ferramenta para minimizar os impactos de situações indesejáveis, sendo capaz de restabelecer o equilíbrio financeiro de famílias e empresas.
Na manhã desta quarta-feira, 25 de novembro, a Superintendência realizou seu primeiro webinar, trazendo como tema “O papel do regulador e do setor de seguros em tempos de crise”. Participaram da transmissão ao vivo Marcio Coriolano, presidente da CNseg; Leonardo Albuquerque, coordenador-geral de Consultoria Técnica e Sanções Administrativas e diretor substituto do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor da Senacon; e Rafael Scherre, diretor da Susep. A mediação do painel ficou por conta de Marcia Cicarelli, sócia da área de seguros e resseguros do escritório de advocacia Demarest.
Durante sua apresentação, Coriolano comentou sobre alguns dados do setor. De acordo com informações da própria Susep, enquanto o PIB registrou uma queda de 4,8% em 2020, o mercado de seguros cresceu 3,4% nos últimos 12 meses (sem DPVAT e sem Saúde). Além disso, no ano passado o setor movimentou R$ 472 bilhões. “Isso demonstra o quanto a nossa indústria é resiliente mesmo em momentos de crise. Não há um setor em que o seguro não esteja presente, ajudando a estimular o empreendedorismo, promovendo a responsabilidade social e protegendo as pessoas em momentos adversos como este que estamos vivendo. O mercado segurador resiste ao ciclo econômico e serve para alavancar a economia”.
Para Scherre, o dever do regulador é supervisionar o mercado ampliando a concorrência e trazendo mais inovação, beneficiando, assim, o consumidor. O diretor comentou algumas das mudanças regulatórias que a entidade vem promovendo, como, por exemplo, a Norma de Conduta (Resolução 382/20), a adesão a plataforma Consumidor.gov, a simplificação dos contratos de Seguros de Danos e o Sandbox. “Com a crise econômica e sanitária que o mundo vem enfrentando é importante que o setor invista em produtos simples, flexíveis e compreensíveis, adotando também boas práticas de conduta. Somente através da mudança poderemos facilitar o entendimento do cliente sobre aquela apólice que ele está adquirindo, atraindo então a parte da população que se encontra desprotegida”.
Segundo Albuquerque, um dos desafios do mercado de seguros neste momento é entender os novos hábitos de consumo para poder reformular os seguros já existentes e desenvolver novos produtos. Ele disse que os corretores são agentes fundamentais para transmitirem da melhor maneira as informações para a sociedade. “A intermediação é tão importante quando a subscrição do risco, pois os corretores são quem representa a seguradora. Ele é o responsável por empoderar o cliente, que atualmente está mais exigente, atuando como consultor e oferecendo a solução mais adequada para cada perfil de segurado. Através dessa troca de confiança iremos conseguir alavancar o setor”.