Ultima atualização 11 de setembro

Aumenta o número de mulheres em cargos de liderança no setor

Atualmente, as mulheres respondem por 55% da mão de obra no setor segurador. Estudo levantado pela ENS aponta que 60% das executivas entrevistadas acreditam que a situação está melhor do que há três anos atrás
(FOTO: Divulgação) Maria Helena Monteiro
(FOTO: Divulgação) Maria Helena Monteiro

De acordo com os resultados do 3º estudo “Mulheres no Mercado de Seguros no Brasil”, realizado pela Escola Nacional de Seguros, nos últimos anos houve redução do desequilíbrio na ocupação de cargos de liderança. O estudo foi lançado na 9º Conseguro, na última quarta-feira, em Brasília (DF), durante a palestra ministrada pela diretora de Ensino Técnico da entidade, Maria Helena Monteiro.

O levantamento, que contém dados de 2018, aponta os desafios e os gargalos encontrados pelo público feminino para desenvolver carreira na indústria de seguros. Atualmente, as mulheres respondem por 55% da mão de obra nesse setor.

Hoje, a proporção nas seguradoras é de uma mulher executiva para cada três homens. Em 2012, quando foi divulgada a primeira pesquisa, essa relação era de uma para quatro. Atualmente, 53,5% dos postos no nível de gerência são ocupados por homens, enquanto as mulheres ficam com 46,5%. O avanço foi significativo, já que em 2012, elas exerciam 41% dos cargos nessa faixa.

Leia mais: Mulheres na Liderança: futuro é promissor, mas é necessário atitude

De acordo com Maria Helena, coordenadora do estudo realizado em parceria com Francisco Galiza, a probabilidade de um homem se tornar executivo neste segmento é quase três vezes maior que a de uma mulher. “Sem dúvida, ainda há um longo caminho a percorrer para mudar esse quadro. De todo modo, é importante destacar a redução das desigualdades no período de seis anos”.

O estudo constatou ainda que, hoje, as mulheres ganham em torno de 70% dos salários dos homens. No entanto, segundo a diretora, isso não é muito diferente do que ocorre no resto do mundo.

Cenário em transformação

A executiva destaca que o cenário de desigualdade está em transformação e mudando rapidamente. “Vejo a preocupação das empresas em aumentar a diversidade como uma decisão estratégica. O mercado de seguros vende para todos os públicos e não pode ser gerido só por homens. Ainda mais se pensarmos que são as mulheres que definem as prioridades financeiras em casa”, acrescenta.

O estudo contou com a participação de 23 companhias de seguros, o que representou um universo de quase 28 mil funcionários. Ao todo, 436 executivas do mercado responderam a uma pesquisa quantitativa e qualitativa.

As respostas demonstram otimismo com o setor. Ao todo, 60% das executivas acreditam que a situação está melhor ou muito melhor do que há três anos, em termos de oportunidades e participação feminina no mercado de seguros. Para 35%, a situação está igual. Apenas 5% acham que o cenário está pior.

“Como as mulheres são maioria nas seguradoras e com esses indicadores tão positivos, tudo nos leva a crer que o futuro será feminino”, conclui Maria Helena. O estudo está disponível para download gratuito no site da ENS.

N.F.
Revista Apólice

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