O estudo “Panorama Econômico e Setorial”, elaborado pela área de Serviços de Estudos da Mapfre e publicado pela Fundación Mapfre, aponta que, apesar do fim do ciclo de alta em países mais desenvolvidos, o setor segurador vai crescer graças ao dinamismo em mercados emergentes, no qual a taxa de penetração de seguros ainda é baixa.
Em 2019 espera-se uma redução na contribuição para o crescimento global dos mercados desenvolvidos (que crescerão abaixo de 2%) e uma maior contribuição dos emergentes, que aumentarão entre 4% e 5%, apoiada por condições financeiras globais previsivelmente melhores.
De acordo com a pesquisa, a desaceleração da atividade econômica global se traduzirá no crescimento dos prêmios de seguros globais, nos segmentos de Seguros Gerais e Vida. A normalização das políticas monetárias pode ajudar no desenvolvimento do negócio de Previdência, e melhorar a rentabilidade financeira das seguradoras, caso se materialize um cenário de juros mais altos.
No Brasil, espera-se que o crescimento real do PIB em 2019 seja da ordem de 2,3%, ante 1,2% em 2018. Esta melhoria nas previsões é principalmente atribuída a uma recuperação no consumo privado e no investimento, mas o estudo avalia que as reformas estruturais continuam imprescindíveis para garantir o equilíbrio das contas públicas.
O ambiente interno segue favorável para o segmento de Seguros Gerais, que tem estimativa de crescimento nominal (sem descontar a inflação) em torno de 10,7% neste ano. “O momento de otimismo, favorece o segmento de seguros dado seu forte vínculo com o ciclo econômico. Em nossa percepção há um grande potencial de crescimento para o mercado segurador no Brasil”, afirma Fernando Pérez-Serrabona, novo CEO da Mapfre Regional Brasil.
No Índice Global de Potencial da Seguradora (GIP-Mapfre), elaborado como uma medida para delimitar o espaço global segurável, o Brasil aparece entre os dez países, entre 96 mercados avaliados pela companhia, com alto potencial tanto no segmento Vida quanto Não-Vida.