Evento – Depois de um longo período de retração econômica, parece que 2019 será o ano da retomada dos investimentos. É o acreditam os executivos que participam do 6º Simpósio do Clube Internacional de Seguros de Transporte – CIST, que acontece em São Paulo.
O economista Paulo Rabello de Castro mostrou que o novo Governo tem todas as condições para proporcionar ao País um crescimento, mesmo que tímido. Há fatores que fogem ao controle, como o cenário externo, a herança fiscal e a herança da improdutividade (da iniciativa privada).
Outros fatores, entretanto, dependem da atuação do Governo, como o controle das despesas e a retomada dos investimentos, com a obtenção da anuência política. “O grande desafio será controlar as despesas, cuja consequência é zerar o deficit fiscal”, avaliou Castro.
Para ele, as palavras-chave para 2019 serão: infraestrutura, que envolve privatizações, novas concessões e a regularização de empresas lavajatadas (“quem fez tem que pagar, mas não a estrutura empresarial”); a reforma tributária, a desburocratização e o Governo Eletrônico; e mais acesso ao crédito, com melhores serviços públicos e capital interno/externo.
O presidente da Fenseg, João Francisco Borges, também participou deste painel para falar sobre a economia. Ele contou que a CNseg havia se reunido com o presidente Jair Bolsonaro antes da eleição para apresentar as demandas do setor. “Nos ramos de seguros gerais, nos preocupamos com a nova lei de licitações de obras públicas, na qual estamos construindo os seguros de garantias contratuais”.
“Para o presente, colocamos o combate ao roubo e furto de mercadorias e de veículos como necessidade imediata”, continuou Borges, acrescentando que espera que haja esforço grande para aumentar a punição aos receptadores. Existe uma indústria do crime com capital financiado por um mercado econômico”, finalizou.
Salvatore Lombardi, presidente do CIST, enfatizou que o mercado mostrou uma pequena reação no segundo semestre de 2018, pois houve maior movimentação de mercadorias. “O transporte internacional cresceu quase 20%. O nacional também cresceu e a sinistralidade diminuiu, apesar da falta de apoio do Estado, mas com participação de todos os entes preocupados com o gerenciamento dos riscos”.
Kelly Lubiato
Revista Apólice