A consultoria everis divulgou o relatório InsurTech Outlook. O estudo mostra um novo ecossistema com as empresas de seguros, as gigantes da tecnologia e as startups disruptivas InsurTech transformando o setor, que passa a investir nessa nova modalidade de negócios. Em 2015, foram investidos US$ 3,1 bilhões no mundo.
Segundo o levantamento, os fundos de capital de risco das seguradoras estão diversificando seus investimentos para integrar novos recursos digitais em suas estratégias de negócios para que, assim, possam oferecer um portfólio de serviços completo e de acordo com as demandas dos consumidores.
Modelos de negócios alicerçados na economia colaborativa, Internet das Coisas, telemática, seguradoras digitais, além de uma nova forma de se relacionar com os clientes, seja por meio de canais como omnichannel, cross-selling, gamificação e seguro personalizado, são alguns dos desafios do setor, de acordo com estudo.
Diante disso, startups InsurTech estão surgindo no mercado, modificando a tradicional forma de fazer seguros e fortalecendo o relacionamento com os clientes graças a uma estrutura mais leve, em função do uso da tecnologia. As gigantes da tecnologia, conhecidas também estão investindo no mercado, se valendo do potencial digital que detêm, das informações dos clientes disponíveis e da capacidade de processarem grandes volumes de dados.
O relatório inclui ainda uma análise do atual e possível futuro envolvimento das gigantes de tecnologia no setor. Cita os dispositivos da Apple que operam atualmente no setor da saúde, enquanto o seu sistema Carplay integrará novas funcionalidades para análise e prevenção de riscos.
Roberto Ciccone, sócio de seguros Américas da everis, comenta que a indústria está gradualmente se reinventando frente aos desafios da transformação digital e passa a incorporar a inovação em seu DNA. “A questão vai muito além do uso ocasional de tecnologias disruptivas. Proporcionar uma experiência para corresponder às expectativas dos clientes e sistematizar a busca da eficiência é um imperativo”, afirma ele.
Segundo o executivo, a empresa acredita que integrar os modelos de negócios oferecidos pelas InsurTech é decisivo para a competitividade das empresas no contexto atual. “No Brasil não é diferente e as seguradoras já começam a se redefinir dentro desse novo ecossistema, que incorpora definitivamente as inovações tecnológicas”.
L.S.
Revista Apólice
