O atual cenário brasileiro está levando o setor de seguros a enfrentar uma séria crise. A afirmação foi feita pelo presidente da CNseg, Marcio Coriolano, durante a cerimônia de posse da diretoria do Sindseg-PR/MS, em Curitiba (PR). O executivo reconhece que este é um momento muito adverso, mas que, certamente, será superado pelas empresas e corretores que operam no mercado segurador. “Estou confiante na contribuição do setor de seguros para a retomada do desenvolvimento e isso só depende de nós”, enfatizou.
Coriolano também destacou a história pessoal de João Gilberto Possiede, presidente reeleito, e a sua contribuição para a defesa do mercado de seguros. “Temos o dever de exigir que o Governo nos encare como um setor que pode suportar a retomada do desenvolvimento social e econômico do País. Para isso, precisamos utilizar toda a nossa união representativa para dialogar com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Somente juntos seremos fortes, para quem a missão da Confederação só será vitoriosa se for ampliada a sinergia com os Sindicatos Regionais e as demais entidades do mercado, também compreendendo os corretores de seguros”, pontuou o presidente da CNseg.
Ele mencionou ainda as conquistas do Brasil no período de estabilidade econômica. Antes disso, segundo ele, a expressão do nosso mercado segurador no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro era praticamente desconhecida. Na verdade, o setor veio acumulando forças ao longo dos anos, desde 1994, especialmente em função do espírito empreendedor das empresas e da maior inserção da sociedade na proteção dos produtos de seguros. “Não podemos também esquecer que os últimos 12 anos permitiram que o mercado saltasse de patamar. Os principais atributos para esse impulso foram o aumento do rendimento médio dos salários, a maior distribuição regional de renda e riquezas e o crescimento dos índices de emprego. Lamentavelmente, hoje, estamos vivendo um momento de reversão dessas conquistas, que precisam ser recuperadas”, frisou.
João Gilberto Possiede, que foi reconduzido hoje (12) à presidência do Sindseg-PR/MS, ressaltou a importância de o setor de seguros estimular não somente o maior diálogo entre os agentes do mercado, mas também com outras instituições representativas da sociedade civil. Nesse sentido, ele destacou as ações da entidade em relação à abertura de canais de comunicação com entidades como a OAB, a Escola de Magistratura, o Sindicato dos Corretores de Seguros e o Detran. Estas iniciativas, inclusive, serviram de modelo para outras regiões do País.
Também presente no evento, o presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), João Francisco Borges da Costa, enfatizou a importância da união dos agentes do mercado para que relevantes ações da agenda do setor sejam implementadas no momento atual do país, como as relacionadas ao combate dos desmontes ilegais de veículos. Sobre o trabalho realizado pelo SindSeg-PR/MS, ele observou que a entidade sempre contribuiu muito para o desenvolvimento do setor de seguros, não somente por suas ações, mas pelos líderes que fez. “O Paraná é um estado dinâmico, que sempre inova e apresenta muito empreendedorismo. A agenda da FenSeg passa, sem dúvida alguma, pela agenda dos sindicatos estaduais”, acentuou.
L.S.
Revista Apólice