Ultima atualização 29 de setembro

Estresse e baixa qualidade de vida afetam saúde dos executivos brasileiros

Realizada pela Omint, pesquisa mostra que problemas de saúde mais comuns entre profissionais são consequências de estresse e hábitos não saudáveis

stress

Um levantamento feito pelo Núcleo de Prevenção da Omint mostrou que, dos 20 problemas de saúde mais comuns apresentados por profissionais que vão da média gerência à alta gestão, 11 são consequências de uma vida estressada e permeada por hábitos não saudáveis.

Segundo a pesquisa, que avaliou as condições de saúde de 20 mil executivos no primeiro semestre de 2014, 94,31% dos entrevistados afirmaram não manter uma alimentação equilibrada. O índice de sedentários é de 41,72%, enquanto 33,04% afirmaram ter um nível de estresse muito alto. O número de fumantes, que era de 18% da população em 2004, vem caindo gradativamente e hoje chega a 11,46%.

Para Caio Soares, doutor e diretor médico da companhia e coordenador da pesquisa, se o estresse das longas jornadas de trabalho contribui para que haja um número considerável de executivos com sintomas de ansiedade, depressão, insônia, enxaqueca, além de tensões musculares e problemas nas costas e pescoço, o pouco cuidado com a alimentação e o sedentarismo faz com que quatro das principais doenças causadoras de doenças cardíacas (hipertensão, diabetes, colesterol e excesso de peso) apareçam no ranking das chamadas “doenças corporativas”.

Além disso, 40% dos executivos avaliados apresentaram Índice de Massa Corporal (IMC) acima do recomendado pela medicina (>25), o que para Soares não significa que ainda estejam obesos, mas se mostra como um alerta.

Os que registraram pressão superior a 140X90 somaram 6%. “Esse quadro pode melhorar muito com mudanças gradativas na rotina. O indivíduo precisa equilibrar seu tempo entre o trabalho, atividades físicas, lazer e família. Isso é essencial para se ter ânimo de mudar”, afirma.

A pesquisa constatou ainda que 30,13% dos executivos estão tentando se alimentar melhor, enquanto 39% afirmaram pensar no assunto. A motivação para incluir atividade física na rotina, porém, é maior: 41% disseram tentar incluir o exercício físico em algum momento do dia, enquanto 42%% pensam no assunto. Entre os fumantes, apenas 9% tentam parar, embora 47% afirmam pensar no assunto.

L.S.
Revista Apólice

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