Desde a noite da última terça-feira, 24/09, os bombeiros tentam controlar um incêndio em um armazém de fertilizantes no porto de São Francisco do Sul/SC. A fumaça tóxica já se espalhou pelo Estado e cerca de 800 pessoas foram para abrigos ou casas de parentes e amigos. Pelo menos 121 pessoas foram atendidas com sintomas de intoxicação. Especula-se que é pouco provável que haja seguro, porque o material em si não era tóxico. A fumaça produzida pelo incêndio é que espalha o gás amônio, este sim, tóxico.
“O armazém não é obrigado a ter seguro. E pior, seguro da dano ambiental é raro de se ver. Provavelmente teremos a socialização do prejuízo. Na Alemanha, EUA, França, Austrália, etc, quando uma firma opera com produtos perigosos (tóxicos / químicos) ela é obrigada a ter seguro de RC por dano ambiental”, afirma o corretor Gustavo Mello.
De acordo com Alvaro Igrejas, diretor de Linhas Financeiras da Willis, em um caso como esse o seguro de RC Ambiental poderia ser contratado pela indústria de fertilizantes ou pelo armazém. “Neste caso, todos os danos causados pela fumaça, sejam materiais ou físicos estariam cobertos, respeitado o limite da importância segurada”.
Igrejas conta que os danos possíveis não são poucos: há os danos corporais (pessoas que passaram mal por inalar a fumaça), danos materiais (veículos que possam ter sido atingidos pelo fogo, armazéns vizinhos, lucros cessantes etc) e danos ambientais (resíduos gerados pelo incêndio podem causar vários prejuízos à natureza).
Já foi noticiado que a Secretaria de Meio Ambiente de São Francisco do Sul construiu uma piscina para armazenar a água utilizada para o resfriamento do local.
KellyLubiato
Revista Apólice